Por Felipe Azevedo
Diário do Nordeste – Após tornar-se alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) para apuração de suposto crime contra a honra de Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Presidente da República e o ministro da Justiça, André Mendonça. Junto com Carlos Lupi, que preside o PDT nacionalmente, o ex-governador do Ceará, por meio de advogados, argumenta que a ação é uma represália aos posicionamentos contrários ao Governo Federal.
O pedido de abertura de inquérito foi assinado pelo próprio presidente. A notícia-crime protocolada por Ciro Gomes mira também o ministro André MendonçaApós tornar-se alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) para apuração de suposto crime contra a honra de Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Presidente da República e o ministro da Justiça, André Mendonça.
Junto com Carlos Lupi, que preside o PDT nacionalmente, o ex-governador do Ceará, por meio de advogados, argumenta que a ação é uma represália aos posicionamentos contrários ao Governo Federal. O pedido de abertura de inquérito contra Ciro foi assinado pelo próprio presidente da República, por meio da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, e conduzido pelo ministro da Justiça, André Mendonça.
No documento ao qual o Diário do Nordeste teve acesso, a defesa diz que “a finalidade de monitoramentos irrestritos e carentes de motivação não é outro senão a de emparedar cidadãos que expressem dissenso em face das condutas perpetradas pelo Governo Federal”.
“De acordo com o delírio persecutório, o Senhor Ciro Gomes teria ferido a honra de Jair Messias Bolsonaro durante uma entrevista concedida para uma rádio no Ceará, na qual o vice-presidente do PDT teria repudiado o que chamou de boçalidade do presidente, tendo afirmado, na ocasião, que o Presidente da República desrespeita a saúde pública”, diz a peça.
INVESTIGAÇÃO CONTRA SERVIDORES
A notícia-crime cita uma investigação sigilosa, atribuída ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, voltada a um grupo de 579 servidores federais e estaduais, professores universitários, “em uma materialização clara de aparelhamento estatal para fins de encetar perseguições políticas e ideológicas em face de quem discorda do Poder Executivo Federal”.
A defesa de Ciro faz ainda uma crítica, alegando que em um momento grave da pandemia do novo coronavírus no Brasil, e “a mando de Jair Messias Bolsonaro”, o ministro André Mendonça “tem instaurado diversos procedimentos policiais em face de indivíduos que porventura tenham se manifestado politicamente contra o Presidente da República”.