Ensino a distância ganha evidência com pandemia, mas já é realidade no Brasil.

Representante educacional no interior de São Paulo fala sobre a praticidade do EAD.

0
227

A adversidade imposta à saúde mundial pela pandemia do novo coronavírus exigiu de diversos setores da sociedade a capacidade de se adaptar para seguirem funcionando. Neste sentido, uma área fortemente atingida foi a Educação, e a alternativa para que alunos continuassem tendo aulas foi a modalidade de ensino a distância (EAD).

Devido à impossibilidade de aulas presenciais, o setor EAD ganhou evidência, porém a adesão crescente a modalidade não é fruto do cenário de pandemia. Entre os anos de 2009 e 2019, o número de novos alunos em cursos superiores à distância saltou de cerca de 330 mil alunos para 1,5 milhão. Ou seja, 378,9% de crescimento, segundo dados do Censo de Educação Superior.

Em 2019 o censo mostrou que, pela primeira vez na história, o número de ingressantes em cursos de EAD ultrapassou a quantidade de estudantes que iniciaram a graduação presencial na rede privada. Foram 50,7% em comparação a 49,3%.

- PROPAGANDA -

Com a pandemia, trabalho e estudos em modo remoto contribuíram para um aumento de 30% nas buscas por cursos de graduação a distância, de acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). Dados como esses indicam que a expansão do setor é um caminho sem volta.

Laelçon Rosa é representante educacional da Fael em Presidente Epitácio, no interior de São Paulo. A instituição oferece cursos de graduação autorizados e reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) na modalidade de EAD. Em entrevista ao Conexão Verdade, Laelçon falou sobre o perfil de quem busca  esse tipo de ensino e deu dicas para os interessados em começar.

De acordo com o representante educacional, a modalidade de ensino a distância é uma atividade para todos. Porém, ele aponta que o perfil de quem procura estudar dessa forma é o de pessoas em busca de uma melhor qualificação, sejam elas para atuação ou título a fim de outras intenções.

Segundo Laeçon, o formato EAD é um ensino essencial, que veio para dar praticidade aos alunos.  “Você pode estudar de onde bem querer e no horário que preferir; e também é um ensino com profissionais qualificados; professores, tutores, mestres e doutores, quando em instituições qualificadas”, afirma o empresário.

Diante do crescimento iminente do setor, Laeçon indica para quem se interessa em fazer um curso a distância tomar alguns cuidados. “Busque uma universidade de qualidade, que ofereça cursos variados e valores adequados ao aluno, e que tenha uma área de atuação em que ele queira estudar e se dedicar”, aconselha o representante educacional.

A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determina que o ensino fundamental seja presencial, sendo o ensino a distância uma forma de complementação da aprendizagem ou alternativa em situações emergenciais. O contexto de pandemia impôs uma adaptação ao modo EAD quase imediata a esses alunos e os do ensino médio. Um processo delicado, que conta com os esforços de familiares, alunos e profissionais da educação.

De fato, a pandemia acelerou o processo do ensino online, não deixando outra opção que não o modelo remoto. Porém, a perspectiva para os próximos anos é a de que o número de estudantes que escolha essa modalidade cresça ainda mais, de acordo com a Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância).

Por Adriano Batista