Polícia Civil deflagra 2ª fase da Operação Falaz e prende três pessoas em Presidente Prudente

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A Polícia Civil desencadeou na manhã desta sexta-feira (11) a segunda fase da Operação Falaz, que resultou na prisão de três pessoas que aplicavam golpes na região de Presidente Prudente (SP). A operação ainda cumpriu quatro mandados de buscas domiciliares.

De acordo com a polícia, no início deste ano, uma vítima de Presidente Prudente procurou pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), informando que havia recebido “duas cobranças de empresas de telefonia para prefixos que jamais havia cadastrado e de que temia que pudessem ter usado seus dados em ações ilícitas posteriores”.

A polícia constatou que haviam relatos recorrentes dos golpes e instaurou inquérito policial para investigar o caso. Assim, diversas ações foram empreendidas em fontes abertas e fechadas. Após aproximadamente três meses de análise, a investigação identificou uma célula criminosa, permanente, de indivíduos que praticavam as ações há, no mínimo, dois anos.

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O grupo, de acordo com a polícia, atua de maneira permanente falsificando ideologicamente dados em milhares de documentos privados, como cadastro de operadora, usando nomes de pessoas sem o consentimento, inclusive da vítima que relatou a ocorrência à Deic, comercializando desonestamente para que outras pessoas utilizem, causando prejuízo direto à operadora, com o não pagamento da fatura, bem como às pessoas físicas, com o cometimento de ações em seus nomes com risco a empresas de cobrança.

Os autores foram identificados fazendo a venda dos chips a outros criminosos.

A operação identificou um casal na Zona Sul de São Paulo (SP), que com o apoio de um terceiro envolvido, recebe os dados de pessoas físicas, sendo que adquirem chips de telefonia e cadastram nas operadoras com esses dados de terceiros, vítimas, passando-se por elas.

Posteriormente, os criminosos transformam em planos controle vendendo-os para milhares de outros criminosos para praticarem suas ações “espúrias e graves”, ocultando as identidades verdadeiras e colocando em risco aqueles cadastrados, que, segundo a polícia, passam a ser investigados inicialmente como cúmplices ou são reiteradamente cobrados pela empresa, inclusive, podendo ter prejuízo com a fixação da dívida.

Durante a investigação foi possível a localização de, ao menos, 2 mil dados de pessoas físicas de todos os lugares, bem como centenas de cadastros falsos de chip. Apenas em uma operadora, foram identificadas em um ano mais de 920 chips possivelmente fraudulentos.

Uma criança, conforme a polícia, foi captada por auxiliar o casal na atividade de comercialização dos chips. Ainda, ações criminosas foram captadas com os chips comercializados pelo grupo, como o tráfico de drogas associado em alta escala.

A primeira fase da operação foi em 31 de maio deste ano, quando foram presas outras três pessoas e mais quatro mandados de buscas domiciliares foram cumpridos. Ainda foram apreendidos documentos, chips, celulares e eletrônicos. A Polícia Civil também fez o bloqueio e sequestro de contas vinculadas aos CPFs do casal líder.

Do material apreendido, após análise detalhada de investigadores, foi possível o esclarecimento completo dos crimes e a qualificação do restante daquela organização criminosa.

Agora, de acordo com a polícia, da mesma organização criminosa, já são seis presos, todos preventivamente e residentes da região sul da capital.

Todos devem responder criminalmente por falsidade ideológica, estelionato e por integrarem organização criminosa.

Ainda conforme a polícia, Falaz, nome dado à operação, faz referência a própria palavram adjetivo, aquele que é capaz de enganar, que comete fraude, fraudador.

G1PP