Máquinas agrícolas que podem avançar pelas lavouras sem condutores e ainda automaticamente mapear pontos para receber produtos químicos e garantir uma melhor produtividade. Não estamos falando de futuro longínquo, mas uma realidade no agronegócio brasileiro com a chegada do 5G.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, avalia que os leilões para implantação da tecnologia serão realizados neste segundo semestre, após o aval do Tribunal de Contas da União (TCU). “Nós viajamos agora com o relator, o relator do 5G, o Raimundo Carreiro, visitamos as redes seguras americanas, as privativas, e acredito que nas próximas semanas ele vai estar colocando em pauta para os outros ministros do TCU votarem e com 30 dias a Anatel publica o leilão.
O 5G vai conectar o campo, vai conectar as cadeias produtivas, o agronegócio. Vamos ter a telemedicina funcionando à distância, veículos autônomos, tratores autônomos, pulverizadores autônomos. Teremos toda a cadeia produtiva de todas as indústrias estão conectadas e terão um ganho muito grande de produtividade”, disse.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reforça os ganhos ao setor com a ampliação da tecnologia no país. “Nós só temos 23% de conectividade no campo, na área rural. Quando aumentarmos ou dobrarmos essa conectividade, a gente aumenta em 50% o PIB agrícola do nosso país, então é muita coisa.
A agricultura que vem carregando a economia nesse momento difícil que passa todo o mundo e principalmente o nosso país, a agricultura vem fazendo o dever de casa.
Imagine quando a gente tiver a conectividade com toda essa tecnologia para mais produtores rurais”, afirmou. Rodrigo Bonato, diretor de Inovação da John Deere, apresentou recentemente o uso da tecnologia 5G no agronegócio ao presidente Jair Bolsonaro, à ministra Tereza Cristina e ao ministro Fábio Faria. “A conectividade rural desbloqueia várias das tecnologias que já estão presentes no campo.
Toda análise de imagens que você tem atualmente, você tem que fazer tratamento das imagens e análise dos dados na própria máquina. Isso gera mais de 120 computadores para fazer essa análise de dados.”
“Se a gente tem a conectividade rural e é uma conectividade de alta velocidade, como o 5G pode proporcionar, toda essa análise pode ser feita na nuvem.
Tanto a análise, processamento de dados e a devolutiva de como aplicar aquele produto químico de forma eficiente. Então deixa o processo muito mais rápido e mais amigável ao produtor e também gera uma redução de custos, porque não é necessário mais que tenhamos toda essa eletrônica embarcada na própria máquina e a gente possa fazer esse tratamento dos dados na nuvem. Isso também traz eficiência e economia ao produtor rural”, pontuou.
As teles devem investir mais de R$ 40 bilhões para a implantação do 5G no Brasil, seguindo cronograma que aponta a instalação para todas as capitais até julho 2022 e a todo o país até 2028.
Jovem Pan