O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que a proposta da reforma tributária do governo federal não mexe em pontos importantes e que apenas aumenta a arrecadação.
Ele citou que a atualização da tabela do imposto de renda, por exemplo, deve ser uma obrigação e que não é preciso fazer uma reforma pra resolver esse tipo de problema.
Nesta quarta-feira, 7, Paulo Skaf se reuniu com outros empresários de vários setores na sede da Fiesp, na Avenida Paulista, e criticou a falta de debate com a sociedade sobre os pontos da proposta.
Entre os principais problemas apontados por ele, está taxar a distribuição de lucros e dividendos das empresas e tirar o direito ao lançamento de juros sobre capital próprio. “O ideal agora era priorizar a reforma administrativa, priorizar a redução dos gastos, a redução do Estado brasileiro, a melhor eficiência e, em seguida, depois que você tivermos a reforma administrativa aprovada, nós debatemos uma boa reforma tributária”, disse o presidente da Fiesp.
Paulo Skaf afirmou ainda que ter um sistema tributário eficiente é fundamental pra aumentar a competitividade das empresas e acelerar o ritmo de crescimento econômico do Brasil, gerando mais emprego e renda pra população. “Dentro dessa nova estruturação, debatemos, sim, com toda colaboração. Isso é bom pro Brasil, ter uma reforma tributária, que aumente a competitividade, que faça com que todo mundo pague, e pague com satisfação, e que seja bom pro país, que desenvolva e que não seja um empecilho do crescimento e da geração de empregos. E não podemos nada que faça a população pagar o pato”, disse. Paulo Skaf vai deixar a presidência da Fiesp no final deste ano, depois de 17 anos no cargo. Ele será substituído pelo empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente da República, José Alencar.
Jovem Pan