O Brasil deve utilizar experiências externas para tratar dos impactos da variante Delta do coronavírus sobre o turismo. “A variante certamente terá efeitos no turismo. A questão agora é que a gente tem a oportunidade de aprender com os efeitos dessa variante na Ásia e a Europa. Então vimos a liberação das regras de restrição no Reino Unido na última semana e em duas semanas nós teremos os efeitos disso.
É provável que países que tem liberado as restrições voltem a pedir, especialmente o uso da máscara em espaços fechados”, explica a presidente do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de São Paulo, Mariana Aldrigui. A avaliação reflete um pouco a apreensão do setor que vê o mercado se recuperar de forma gradual e não quer pensar em um retrocesso.
De acordo com um levantamento da Fecomercio, o turismo nacional avançou com alta de 47,5% em relação a 2020, mas ainda está longe de recuperar as perdas. As áreas mais afetadas foram as de hospedagem, alimentação, locações de veículos, aérea e rodoviária.
Para Cláudio Magnavita, membro do Conselho Nacional de Turismo, a experiência internacional tem que ser levada em conta. Segundo ele, apesar do alerta, as projeções são favoráveis. “As previsões de retomada de viagens seriam para o terceiro ou quatro trimestre de 2021.
Até lá, o antídoto para a variante Delta, que é a segunda dose da vacina, já será uma realidade. E nós teremos como alento da realidade da Inglaterra, que apesar de ter a cepa fez uma retomada total nas suas atividades por causa da primeira e segunda dose da vacina terem sido aplicadas. O cenário é de preocupação, mas também de otimismo seguindo a ciência e os exemplos internacionais”, pontua.
A boa notícia é que a medida em que a vacinação avança no país o cenário fica cada vez melhor para uma volta mais robusta. “Aqui no Brasil, gente tem um ponto muito favorável que é a adesão da população à vacinação e as notícias de que as vacinas usadas têm eficácia contra essa variante”, ressalta Mariana Aldrigui. Em maio, o faturamento do turismo no Brasil foi de R$ 9,6 bilhões.
Jovem Pan