Com previsão de geadas, frente fria histórica deve trazer prejuízos aos agricultores

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A previsão de geada forte preocupa agricultores e o preço dos produtos deve subir aos consumidores. As perdas já esperadas na lavoura devem provocar reflexos na inflação nos próximos meses. A frente fria, considerada histórica pelos meteorologistas, avança sobre áreas do Sul e Sudeste.

O consultor Douglas Duek, CEO da Quist, prevê dificuldades  para os produtores rurais. “Nos outros lugares, a diferença é que não planta. Ele só espera, a terra ficar parada, mas não tem prejuízo por isso. Dessa vez não, ele plantou, colocou fertilizante, semente, preparou a terra, gasta óleo diesel, que está caríssimo, e aí foi tudo perdido. Agora, na próxima safra ele vai ter dinheiro, se ele não colheu agora? Essa bola de neve também demora umas safras para voltar. Ele vai chegar ao banco e falar: ‘não vou conseguir te pagar, você vai conseguir me financiar a próxima safra?”

Douglas Duek lembra que as geadas já atingiram lavouras de milho no Paraná na segunda quinzena deste mês, sendo que mais da metade da produção pode ter sido afetada. Com isso, a expectativa de colheita de 15 milhões de toneladas caiu para 6,8 milhões de toneladas.

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Com a nova frente fria, as geadas devem afetar outras importantes regiões produtoras, com impacto já previsto nas lavouras de soja, café, tabaco, cana-de-açúcar e outras, além da criação de gado. As temperaturas mais baixas estão previstas entre a quinta-feira, 30, e sexta-feira, 31. No Sul, a sensação térmica pode atingir – 25 ºC e já há registros de neve em algumas cidades. Também estão previstas as menores temperaturas do ano no Sudeste e Centro-Oeste.

Jovem Pan