Capitã e estrela da seleção brasileira feminina, Marta lamentou a eliminação nos pênaltis diante do Canadá nesta sexta-feira, 30, nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em entrevista ao Grupo Globo, a seis vezes melhor do mundo disse que faltou paciência ao Brasil para definir o confronto no tempo regulamentar e na prorrogação. Ainda assim, a craque pediu para que os torcedores e a imprensa não apontem culpados depois da desclassificação. “Em alguns dias, as coisas não funcionam.
Começamos bem no jogo, poderíamos ter aberto o placar, mas faltou paciência. Poderíamos ter aproveitado melhor algumas situações. São coisas que acontecem, e nem sempre o melhor ganha. Agora, é pensar no futuro, continuar apoiando a modalidade. O futebol feminino não acaba aqui, ele continua. Aqui, não tem culpado. Fizemos o que estava ao nosso alcance, não nos faltou nada”, falou com os olhos marejados.
Aos 35 anos, Marta não cravou que esta tenha sido sua última competição com a camisa da seleção brasileira. “Fica o gostinho de que poderia mais. Falei para Formiga que gostaria de lutar por mais uma medalha com ela, mas agradeço toda a dedicação dela pela seleção. Ela poderia ter tido um final mais feliz, mas ela é guerreira. Eu não sei [se é a despedida], é difícil dar essa resposta agora. Muitas coisas passam pela minha cabeça agora, estou com a cabeça a mil. Peço que as pessoas não apontem o dedo para ninguém.
A nova geração não pode pagar por uma desclassificação em Olimpíada. Temos que parar de cobrar tanto, porque não houve um investimento lá atrás”, completou a lenda. “Eu continuo achando que a gente tem que chorar no começo para sorrir no final. É a minha maneira de encarar os desafios. A gente entra em campo para se divertir, para jogar grandes campeonatos, como esse. A seleção vai continuar sem a Marta e Formiga, e que ela pode colher bons frutos”, finalizou.
Jovem Pan