Crianças e adolescentes são menos propensos a desenvolver sintomas da Covid-19 a longo prazo, diz estudo

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Um estudo realizado com 1.734 crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos no Reino Unido indica que a faixa etária é menos propensa a desenvolver sintomas quando infectada pela Covid-19. E, quando desenvolve, esses costumam ser de curta duração. Em média, as crianças do estudo que foram sintomáticas ficaram seis dias doentes. Entre elas, os sintomas mais comuns estão a dor de cabeça (62,2%) e a fadiga (55%).

Apenas 4,4% delas passaram pelo menos 28 dias com sintomas. Neste grupo, eles incluíam fadiga (84,4%), dor de cabeça (77,9%) e perda de olfato (77,9%). Só 1,8% apresentou sintomas por pelo menos 56 dias. A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Child & Adolescente Health no início da semana. Foram analisadas a duração da doença, a prevalência, duração e carga dos sintomas. Para os adultos, a Covid-19 longa é mais comum.

“A Covid longa é quando você tem os sintomas da infecção por um tempo prolongado, maior do que o esperado. As crianças, na maioria, são assintomáticas. Quando têm sintomas, eles são rápidos e passageiros, dificilmente o quadro de Covid-19 em uma criança vai ultrapassar seis dias.

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Quando temos crianças com sintomas persistentes, febre, dor abdominal, vômito, placas pelo corpo, a gente levanta a hipótese de uma infecção semelhante ao Kawasaki–like, mas é muito raro. É uma forma mais grave, os pais precisam ficar alertas e procurar o pronto-socorro o quanto antes”, explica a pediatra Ludmilla Rachid. O Kawasaki–like é uma condição que causa inflamação nas paredes de alguns vasos sanguíneos do corpo.

A pediatra explica que, por ser uma doença mais silenciosa nas crianças, ainda que não tenham muitos riscos de evoluir para casos mais graves, é importante ficar atento a sintomas diferentes dos que estamos acostumados a observar em adultos. “Nesta faixa etária, tudo pode ser Covid. Você tem que levantar a suspeita do sintoma mesmo que não seja comum, porque pode estar relacionado.

Por exemplo: crianças com diarreia, vômito, mal-estar, obstrução nasal, tosse, coriza. Em casos mais raros, o primeiro sintoma foi confusão mental e convulsão. Uma dor abdominal que antes levava a pensar imediatamente em apendicite, hoje não.” Ludmilla Rachid acrescenta que, por causa disso, não é incomum perguntarem no pronto-atendimento se os familiares tem sintomas de Covid-19 ou se os responsáveis pela criança já foram imunizados.

Jovem Pan