Diante do que chamou de “relevante piora nas condições do setor elétrico”, o governo propôs na terça-feira, 25, novas medidas pra garantir o fornecimento de energia no país. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico defendeu a flexibilização das restrições de operação na bacia do rio São Francisco e a redução de cotas mínimas em outras bacias para uso dos estoques energéticos, que vinham sendo poupados para tentar garantir recursos adicionais.
O Ministério de Minas e Energia apresentou ainda uma proposta de um programa de redução voluntária de consumo de grandes consumidores, além do engajamento de todos os consumidores do país. O presidente Jair Bolsonaro justificou que o aumento na conta de luz tem como um dos motivos as questões climáticas. “Estamos na maior crise hídrica dos últimos 91 anos. Parece que eu estou sendo testado, né? Nunca se viu uma seca como essa. Os reservatórios estão lá embaixo. Você é obrigado colocar uma bandeira vermelha para pagar a geração de energia mais cara do que vem da termoelétrica”, explicou o chefe do Executivo.
Por causa das geadas que atingiram, principalmente, as plantações de café em Minas Gerais e São Paulo, que o Banco do Brasil anunciou na terça que vai destinar uma nova linha de financiamento de R$ 2 bilhões para socorrer os produtores rurais. Além desse valor, o banco anunciou um programa de crédito de R$ 8,5 bilhões para investimentos no campo.
O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, explicou que o banco recebeu até agora o registro de 17 mil sinistros para acionamento de seguro em casos relacionados aos danos causados pelas geadas. Segundo ele, mais de 80% dos pedidos já tiveram, inclusive, vistoria realizada. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comemorou a ajuda, que ela classificou quase que como um “novo Plano Safra” e lamentou os problemas que os produtores rurais tiveram por conta do clima. “Há 19 anos nós não tínhamos uma geada tão forte e que causou tantos danos à cafeicultura brasileira”, lamentou.
Jovem Pan