Peugeot Landtrek: uruguaios avaliam picape que estreia no Brasil em 2022

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Foi em um distante fevereiro de 2020 que a Peugeot revelou sua nova picape média. A Landtrek foi desenvolvida pelo finado grupo PSA em parceria com a chinesa Changan com foco em vários mercados pelo mundo – inclusive o Brasil.

Desta vez, não seremos os primeiros a receber o modelo na América do Sul. Outros mercados foram escalados para conhecer a Landtrek antes de nós, ainda que a pandemia tenha atrapalhado os planos da Peugeot em várias partes do mundo. Aqui no Brasil, contudo, a Landtrek está confirmada para estrear em 2022.

Apesar da demora, a picape acaba de chegar ao Uruguai, onde os colegas do Autoblog Uruguay já tiveram a chance de avaliá-la em detalhes. São essas impressões ao dirigir que você confere a seguir.

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Duas versões e motor turbodiesel “pacato”

A Landtrek chega ao Uruguai diretamente da China, de onde vem em duas versões de acabamento (Active e Action) e duas opções de motorização: 2.4 turbo a gasolina de 210 cv e 1.9 turbodiesel com 150 cv – esta com opção de tração 4×4. Curiosamente, todas as configurações são trazidas apenas com transmissão manual de 6 marchas.

Os jornalistas uruguaios avaliaram as versões dos dois extremos da gama: 2.4 turbo Active 4×2 e 1.9 turbo Action 4×4.

Os primeiros elogios foram direcionados ao design. Apesar de ser baseada na Kaicene F70, que não chega a ser um primor de beleza sobre rodas, a Landtrek foi aprovada com louvor. O segredo está no bom trabalho realizado pelos designers da marca francesa, que conseguiram imprimir a identidade da Peugeot à picape.

“Para mim (a Landtrek) é a mais bonita e harmoniosa de todas as picapes. Ela é robusta e elegante ao mesmo tempo, e não se parece com nenhuma de suas rivais, o que é sempre um ponto a favor”, comentou Rodrigo Barcia, do Autoblog Uruguay.

Nas ruas, os curiosos reagiam com um pouco de incredulidade ao ver uma picape média com o tradicional leão da Peugeot na grade frontal. Todos, porém, foram unânimes ao elogiar o estilo parrudo da Landtrek.

Maior da categoria

A representante da Peugeot é uma das maiores picapes da categoria. Mede 5,33 metros de comprimento, 1,96 metro de largura, 1,85 metro de altura e tem distância entre eixos de 3,18 metros. A caçamba é a mais generosa do segmento: são 1,63 metro de comprimento, 1,63 metro de largura e 500 milímetros de altura.

Na cabine, a Landtrek “é a que guarda menos semelhanças com suas concorrentes”. O jornalista faz uma comparação interessante com a VW Amarok, que causou a mesma sensação na ocasião de seu lançamento. Em seu produto, a Peugeot decidiu “seguir por um caminho mais próximo ao das peruas e SUVs em vez das picapes”, de acordo com Barcia.

Existe uma maior sensação de estar a bordo de um automóvel de passeio do que em modelos como Toyota Hilux, Nissan Frontier e Ford Ranger. Alguns detalhes, como o desenho dos botões no console central, são nitidamente inspirados em outros sucessos da Peugeot, como o recém-reestilizado 3008.

A posição de dirigir também está longe da tradicional adotada pelas picapes, em que o condutor viaja sentado mais alto. Sobre o acabamento, o jornalista admite que os materiais empregados são “rústicos”, mas não há nada de má qualidade.

Segundo o jornalista, três adultos podem viajar sem problemas no banco de trás por conta das dimensões generosas da picape. O túnel central não é tão alto, o que facilita a vida de quem se senta no centro. O ângulo de abertura das portas é de quase 90 graus, facilitando a entrada e saída da cabine.

Faltam itens, mas sobra desempenho

As versões Active saem de fábrica com seis airbags, freios ABS com distribuição de frenagem, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, bloqueio do diferencial traseiro e ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix. A configuração Action acrescenta sensor de pressão dos pneus, sensor de pontos cegos com câmera lateral e aviso sonoro caso o veículo invada a faixa de rolagem ao lado.

Os freios são a disco ventilados na dianteira e tambor atrás. Na avaliação do Autoblog Uruguay, o sistema funciona de maneira “correta”, ainda que o pedal fique um pouco mole demais em frenagens de emergência. Ausências sentidas são as do piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa de rolagem e frenagem autônoma de emergência, itens presentes em algumas rivais.

O Autoblog Uruguay teceu elogios ao motor 2.4 turbo movido a gasolina. “É mais enérgico e progressivo do que os propulsores das outras médias”, escreveu o jornalista. A picape é “assistida por uma transmissão manual de engates suaves e relações mais longas do que no motor turbodiesel”. Críticas apenas para o comportamento “áspero e ruidoso” em baixas rotações.

Já o motor turbodiesel “apresenta comportamento similar ao conjunto a gasolina”, na opinião dos jornalistas. Rodrigo afirma que “sem dúvida é a melhor motorização, ainda que seja menos refinado do que os motores a diesel de concorrentes”, com um som mais “agrícola” e parecido com S10 e Ranger.

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