TNC e ONU se unem pela restauração de ecossistemas no Brasil

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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a The Nature Conservancy (TNC) Brasil assinaram um memorando em que se comprometem a fortalecer iniciativas de restauração no Brasil, em consonância com as metas da Década da Restauração de Ecossistemas, que iniciou este ano e vai até 2030.

A partir da assinatura do Memorando de Entendimento serão desenvolvidas ações que ampliem a restauração da vegetação nativa no Brasil. Os objetivos são difundir os benefícios da restauração, acelerar capacitações técnicas, aprimorar ferramentas de monitoramento e criar espaço para diálogos e conscientização, além de promover instrumentos de financiamento de recuperação.

Essas iniciativas, não apenas irão contribuir com a recomposição da vegetação nativa, mas também vão ajudar a combater as mudanças climáticas e trilhar um futuro sustentável.

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Rubens Benini, líder da estratégia de restauração florestal para América Latina da TNC, afirma que soluções baseadas na natureza podem fornecer mais de um terço das reduções de emissões necessárias até 2030 para limitar o aquecimento global a menos de 2°C.

Restaura Brasil

Uma das maneiras que a TNC tem promovido essa expansão e apoiado o Brasil a atingir as metas de restauração é por meio do Restaura Brasil, lançado em 2018.

O Restaura já recuperou 106 mil hectares, o que corresponde a mais de 265 milhões de árvores nativas, com apoio de diversos parceiros no Brasil e doadores advindos da campanha global da TNCPlant a Billion Trees .

A meta é restaurar, até 2030, mais de 400 mil hectares, com um bilhão de árvores. O programa incentiva a conscientização e a participação de empresas e de toda a sociedade civil.

Para contribuir, basta acessar o site do Restaura Brasil escolher a forma de doação e o local da restauração.

Restauração de ecossistemas

A estratégia de restauração florestal é um dos pilares prioritários para a TNC no Brasil e tem sido implementada desde 2001. É uma das soluções baseadas na natureza que contribui no enfrentamento a uma série de desafios como o combate às mudanças climáticas, qualidade e quantidade de água, regulação das chuvas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos e geração de emprego e renda.

Para o PNUMA, a restauração de ecossistemas é um pilar prioritário em todo o mundo. No Brasil, por meio do Projeto CITinova, a organização apoia, por exemplo, a implementação de sistemas agroflorestais para restaurar áreas degradadas importantes para recarga hídrica no Cerrado do Distrito Federal, com benefícios diretos para a comunidade local.

“O relatório lançado recentemente pelo PNUMA, Restauração de Ecossistemas para as Pessoas, Natureza e o Clima , indica que para cada dólar investido em restauração 30 dólares são gerados em benefícios para a sociedade. É uma política ganha-ganha, para as pessoas e para o planeta”, explicou Regina Cavini, Gerente de Programas do PNUMA. Cavini lembra ainda que a restauração ainda tem potencial para criar empregos verdes no contexto da recuperação econômica pós-covid.

Década da Restauração

Instituída em 2019 na Assembleia Geral da ONU, a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030 tem como objetivo deter a degradação de ecossistemas e restaurá-los para benefício das pessoas e da natureza. A Década da ONU está construindo um movimento global forte e amplo para acelerar a restauração e colocar o mundo no caminho para um futuro sustentável.

A Década é uma oportunidade única para mobilizar esforços em prol da restauração e conservação dos ecossistemas, contribuindo significativamente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre eles conservar a biodiversidade, combater as mudanças climáticas, melhorar os meios de subsistência, promover a segurança alimentar e acabar com a pobreza.

A estratégia da Década inclui, monitoramento dos ambientes restaurados e meios de financiamento em larga escala.

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