Mercosul inicia pesquisa para mapear o potencial do turismo de natureza da região

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Uma pesquisa promovida pelos países que integram o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), além do Chile, busca conhecer o real potencial do turismo de natureza do bloco. Para isso, os países elaboraram um questionário que vai mapear o segmento e embasar ações conjuntas no âmbito do Mercosul. A pesquisa tem como público-alvo profissionais que atuam em agência de viagens ou operadoras de turismo. O questionário é online e pode ser respondido em poucos minutos até o dia 3 de novembro.

No Brasil, o Ministério do Turismo irá consolidar as informações. Posteriormente, os resultados serão divulgados e analisados pelos países para a elaboração de um diagnóstico que ajudará na construção de futuras ações conjuntas. O turismo de natureza é considerado uma das principais tendências do mundo no momento e o seu desenvolvimento deve impulsionar a recuperação do setor no cenário pós-pandemia.

“Nenhum país do mundo se iguala ao Brasil no segmento de turismo de natureza. Somos a última fronteira de sustentabilidade, preservação e fauna. Temos seis biomas: Pantanal, Pampa, Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga e Cerrado e ainda temos nossa Amazônia Azul, com mais de 8 mil quilômetros de costa. E mais do que aquilo que temos, somos um potencial pelo que não temos: não temos furacão, terremoto, maremoto e outros fenômenos naturais que impactam a circulação de turistas”, destaca o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.

- PROPAGANDA -

PROMOÇÃO DO TURISMO DE NATUREZA – Em julho, o Ministério do Turismo lançou a campanha promocional “Turismo em Natureza”, que busca evidenciar o segmento na retomada das atividades turísticas e retratar a importância do turismo consciente, responsável e seguro. A ideia é inspirar os brasileiros a conhecerem as belezas do próprio país. A campanha, que tem como slogan “Viaje pelo Brasil. Gigante pela própria natureza”, destaca destinos como, por exemplo, a Chapada dos Guimarães (MT) e os Lençóis Maranhenses (MA).

O Ministério do Turismo também promove uma seleção para contratar empresa que auxiliará no desenvolvimento de Trilhas de Longo Curso no Brasil. A expectativa com a contratação é criar um manual de implementação e promoção destas trilhas, consolidando as políticas públicas de desenvolvimento do turismo em áreas naturais. Saiba mais AQUI.

Além disso, espera-se reforçar a RedeTrilhas (Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade) com a adesão de novos percursos por meio da disponibilização de metodologia que apoiará a gestão, implementação e promoção de novas trilhas à rede. Até o momento, quatro trilhas (Transcarioca, Sucupira, Cora Coralina e Serra do Mar) compõem a RedeTrilhas, que é gerenciada pelo Ministério do Meio Ambiente, com vistas a ampliar e diversificar a oferta turística em áreas naturais.

Outra iniciativa do governo federal é a concessão de parques nacionais com o objetivo de atrair recursos para conservação por meio de parcerias com o setor privado. E, consequentemente, aumentar a visitação, gerando emprego, renda e desenvolvimento no entorno dos parques. Para isso, o Ministério do Turismo, em parceria com Ministério do Meio Ambiente, ICMBIO e UNESCO, contratou duas empresas para elaboração de estudos de viabilidade técnica e econômica para concessão de quatro unidades de conservação: Parque Nacional de Jericoacoara; Parque Nacional da Serra da Bodoquena; Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses; e Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

Em 2019, antes da pandemia, as 137 unidades de conservação federais do Brasil receberam mais de 15,3 milhões de visitantes, um aumento de 20,4% em relação ao ano anterior. Como consequência das visitações, só em 2018, segundo dados consolidados pelo ICMBio, foram gerados cerca de 90 mil empregos, R$ 2,7 bilhões em renda, R$ 3,8 bilhões em valor agregado ao PIB e R$ 1,1 bilhão em impostos.

Por Amanda Costa – Ministério do Turismo