Benefícios superam os riscos na vacinação de crianças entre 5 e 11 anos

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Nas últimas semanas, estamos sendo atropelados por notícias negacionistas no tocante à vacinação da faixa etária dos 5 aos 11 anos de idade, onde vemos “médicos” formados pelo Google emitindo opinião desfavorável à vacinação, outros órgãos de jornalismo questionando a real necessidade e por aí vai. Cada dia uma novidade e sem embasamento científico. Chegamos ao absurdo de membros da Anvisa serem ameaçados de morte se for aprovada a imunização da população dessa faixa etária.

Vamos às evidências concretas: vacinar é fundamental para esses pequenos jovens. Em uma das mais respeitadas revistas médicas, foi publicado o estudo da vacina da Pfizer entre 5 e 11 anos de idade, e os resultados apontam para segurança, imunogenicidade e efetividade contra a Covid-19 acima de 90%, sete dias após a segunda dose. No estudo, as duas doses são mantidas com intervalo de 21 dias – e aqui um ponto fundamental: apenas 1/3 (10 microgramas) da dose foi aplicada com essa expressão de resultado. Outra informação importante: os efeitos colaterais tradicionais das vacinas foram menores em percentual quando comparados com a dose cheia (30 microgramas). O FDA, o órgão regulatório dos Estados Unidos, aprovou por unanimidade a incorporação do imunizante a essas crianças. Não tenho dúvida que os benefícios superam os riscos e, sobretudo, no adoecer pela doença em sentido de gravidade e óbito. O Brasil é um dos países mais acometidos de casos fatais pela Covid-19 na população pediátrica. Em 2020, chegou a 0,6% e, em 2021, teve uma queda discreta para 0,3%. Se a vacinação dessa faixa etária for aprovada no Brasil, ganharemos como um todo. Neste mês, devemos ter uma resposta da Anvisa e, em caso favorável, que não vejo como não ser, o nosso programa de imunização deve já estabelecer um processo organizacional para atender esses jovens a nível federal, com nota técnica e distribuição do imunizante.

Outra vacina que poderia facilmente entrar nesse arcabouço de opções para as crianças seria a CoronaVac – imunizante de vírus inativado, que compõem a maioria das vacinas que as crianças fazem uso e de larga experiência em nosso país. Devemos pensar nessa possibilidade pois os efeitos colaterais são ainda menores. Experiência não falta: exemplos vindos do Chile e da China com sucesso na aplicação. Devemos ter um olhar de ciência e não de achismos. Se ocorrem dúvidas dos pais, devem ser orientados por profissionais médicos que estejam em consonância com as atualidades da Covid-19. Imunizando essa faixa etária por completo, podemos nos tornar, em curto espaço de tempo, o país que mais vacinará sua população e, consequentemente, menos casos de gravidade e óbitos entre nós.

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