Aplicação de vacina 100% fabricada no Brasil deve começar na primeira semana de fevereiro

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O Ministério da Saúde informou nesta terça, 12, que a aplicação das doses da vacina inteiramente fabricada no Brasil, que está sendo fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), deve ser iniciada na primeira semana de fevereiro, logo após as primeiras entregas serem realizadas pela fundação.

A Fiocruz diz ter 21 milhões de doses, em diferentes estágios de fabricação e controle de qualidade, que utilizam a tecnologia desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca – as duas transferiram o conhecimento sobre a produção para a instituição brasileira, o que estava previsto em contrato de compra de doses. “Este é um passo que o Brasil dá na autossuficiência das vacinas contra a Covid-19 e para também, quem sabe, passar a ser um exportador de vacina e um supridor desse insumo para toda a América Latina. Vimos no começo do ano passado o quão importante é investir no parque industrial de saúde no Brasil. Esse passo sinaliza a independência para a produção desse insumo, que se mostrou fundamental no enfrentamento à pandemia”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.

A Fiocruz poderá começar a produzir o imunizante após ter recebido na última sexta, 7, autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fabricar nacionalmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), principal componente da vacina. No processo de aprovação, a Anvisa avaliou a equivalência do processo produtivo, para comprovar que as vacinas produzidas com o IFA de Bio-Manguinhos/Fiocruz possuem a mesma eficácia, segurança e qualidade das processadas com o ingrediente importado e seguem as mesmas etapas do processo produtivo e metodologias exigidas. A transferência de tecnologia da vacina da AstraZeneca para a Fiocruz ocorreu em menos de um ano, enquanto processos do tipo chegam a durar uma década.

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