A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo informou na tarde desta quarta-feira (26) que a região de Presidente Prudente (SP) deverá ser contemplada com dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de Covid-19.
“A região de Presidente Prudente deverá ser contemplada com 10 leitos de UTI”, informou o Estado.
O reportagem questionou à pasta estadual em quais hospitais/unidades de saúde os leitos serão ativados e quando eles deverão começam a funcionar, mas o órgão não respondeu a esses tópicos.
“Importante lembrar que a ativação de novos leitos não é prerrogativa exclusiva do Estado, mas também da União e das prefeituras. Toda e qualquer medida adotada no Estado para enfrentamento da pandemia é precedida por análises técnicas junto ao Comitê Científico. Os serviços estaduais do SUS [Sistema Único de Saúde] seguem dedicados a garantir assistência adequada e oportuna a todos”, explicou o Estado.
Nesta quarta-feira (26), o governo estadual anunciou a ampliação de 700 novos leitos para apoiar os municípios no combate à pandemia da Covid-19.
A questão dos leitos hospitalares para o atendimento de pacientes com Covid-19 foi um dos temas que o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) abordou em uma reunião na tarde desta quarta-feira (26) com representantes do Hospital Regional (HR), da Santa Casa de Misericórdia, do Departamento Regional de Saúde (DRS-XI) e da Secretaria Municipal de Saúde.
Pedido da Câmara
A Câmara Municipal solicitou ao Ministério Público do Estado de São Paulo uma intervenção da Promotoria de Justiça para o aumento do número de leitos disponíveis de UTIs com atendimento exclusivo de casos de Covid-19, em Presidente Prudente.
O documento, feito por meio de ofício assinado pelo presidente do Legislativo, o vereador Demerson Dias (PSB), também pede que a Promotoria visite pessoalmente hospitais do Departamento Regional de Saúde (DRS-XI) para contrapor o que é informado pelo órgão sobre a real quantidade de leitos disponíveis na região e “a situação na ponta”.
A questão abordada junto ao MPE-SP também foi encaminhada para a própria direção do DRS-XI, bem como para o Conselho Municipal de Saúde, em Presidente Prudente.
O presidente da Câmara ainda lamentou que, “ao contrário do que deveria ocorrer”, já que é a maior cidade da região, pacientes de Presidente Prudente, “quando existem as vagas”, “são transferidos para cidades menores e sem a mesma estrutura médica e hospitalar que existe na capital regional ou ficam internados nas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] da cidade”.
No ofício, o chefe do Legislativo, ao citar o assunto como “uma grave questão de saúde pública”, ressaltou o aumento do número de casos de contaminação pela doença, além da variante Ômicron.
“Dados, aliás, que podem ganhar novos contornos nas próximas semanas com o fim das férias, retorno de estudantes de universidades, além de crianças e adolescentes de volta às aulas”, ponderou.
Demerson Dias também mencionou que o próprio Ministério Público recomendou ao município a intensificação da fiscalização em eventos, locais de festas, shows, bailes e em estabelecimentos comerciais e, ainda, que a Promotoria citou o aumento da demanda nos serviços primários de saúde realizados pelo município por meio das duas Unidades de Pronto Atendimento existentes no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, na zona sul, e no Jardim Guanabara, na zona norte.
Prefeitura
A Prefeitura de Presidente Prudente colocou que, como se trata de uma tratativa entre a Câmara e o Estado visando ao aumento de leitos de UTI, que são de “alta complexidade” e de “responsabilidade do Estado”, o município não vai se posicionar sobre o assunto.
G1PP