A confiança do empresário do varejo retraiu em fevereiro após duas altas seguidas e praticamente zerou a taxa de crescimento de janeiro, conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 16, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Indicador de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou queda de 1,2%, atingindo a pontuação de 119,3. Em janeiro, a pesquisa mostrou avanço de 1,4%. Apesar do recuo, o índice se manteve na zona de satisfação limitada pelos 100 pontos. Todos os três grupos e os nove subgrupos da pesquisa registraram queda no mês. O pessimismo foi puxado pelas expectativas no setor, com queda de 1,6%, enquanto as condições atuais registraram baixa de 1,4%, e as intenções de investimentos caíram 0,9%.
A retração do otimismo dos empresários acompanha o aumento da inflação no mês. Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou avanço de 0,54%, o maior patamar para o período desde 2016. Apesar do indicador apresentar queda pelo terceiro mês seguido, a variação de preços ainda impacta na gestão dos negócios. O levantamento mostrou que 54,2% dos empresários pesquisados reconheceram que as condições econômicas se deterioraram, superando o conjunto que se mostrou otimista (45,8%). “A percepção de que as coisas ficaram mais difíceis refletiu-se na diminuição de 2,4% do subindicador Economia do Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio, tendo como pano de fundo, portanto, uma conjuntura mais dura a ser enfrentada”, afirma o economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton.
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