Com a retomada do comércio no mundo após o pico da pandemia do coronavírus, o Brasil está com o radar ligado em busca de novos mercados. Fortalecer os laços já existentes também faz parte deste cenário. O Oriente Médio é uma das regiões que se encaixam nesta diretriz do governo Bolsonaro. Com os Emirados Árabes, por exemplo, o Brasil tem um saldo positivo de aproximadamente US$ 2,3 bilhões na balança comercial. O fluxo total, na via de mão dupla, ficou em US$ 3,3 bilhões.
O embaixador brasileiro no país, Fernando Igreja, enxerga um leque de oportunidades: “Que há sempre boas perspectivas de intensificação da nossa presença aqui nos mais diferentes setores. O Brasil já tem uma posição relativamente consolidada na área do agronegócio, mas há espaço para a presença de empresas brasileiras no setor de tecnologia, tecnologias avançadas. Acho que há um bom prognóstico para o aumento da nossa presença aqui”, disse.
O fator decisivo e considerado um divisor de águas na relação bilateral entre os países foi o acordo para isenção de visto, que aumentou não só o fluxo de passageiros, mas também de negócios. “Isso foi um momento importante. O acordo foi assinado em março de 2017, isenção de vistos em passaportes comuns e em passaporte diplomáticos, e a partir daí foi possível a assinatura de vários outros acordos e a intensificação da relação entre os dois países”, relatou o embaixador. Para conquistar novos investidores, o governo sabe que tem que assegurar regras claras, estabilidade e segurança jurídica. Além do agronegócio, que puxa a locomotiva das exportações, o Brasil está oferecendo aos players do mercado internacional um robusto pacote de privatizações, que possui ativos como portos, aeroportos, ferrovias e rodovias.
*Com informações do repórter Daniel Lian – Jovem Pan