A indesejável guerra entre Rússia e Ucrânia deflagrada nesta quinta-feira pode trazer consequências também para fabricantes que operam no país responsável pelo início do conflito.
Com as potências ocidentais prometendo duras sanções à Rússia, conglomerados como Volkswagen, Stellantis e Renault poderão ter suas operações no país sujeitas a algumas restrições.
Segundo análise do Automotive News Europe, uma das empresas que poderia ser mais prejudicada com a guerra é o Grupo Renault, o qual controla a AvtoVAZ, responsável pela fabricação de modelos da Lada. Atualmente a marca russa também é administrada pela gigante francesa.
O Grupo Renault também conta com uma fábrica em Moscou.
Segundo o CEO da companhia, Luca de Meo, a unidade da AvtoVAZ conta com um bom índice de fornecedores locais, o que não deverá causar impactos na produção local, entretanto o principal executivo da empresa russa declarou que já está em busca de mais fornecedores de microchips caso as sanções do ocidente impeçam o recebimento dos semicondutores.
Já o Grupo VW e a Stellantis operam fábricas na cidade de Kaluga, localizada a cerca de 180 km de Moscou.
Enquanto o conglomerado alemão produz no local os Volkswagen Tiguan e Polo, além do Skoda Rapid e os Audi Q7 e Q8, a Stellantis e a Mitsubishi contam com uma unidade produtiva conjunta para produzir vans para exportação ao continente europeu.
A Mercedes-Benz, por sua vez, recentemente investiu mais de 250 milhões de euros para produzir na Rússia o Classe E e alguns SUVs. A conterrânea BMW, por sua vez, não conta com uma unidade fabril na Rússia, entretanto possui uma parceria com a empresa Avtotor, em Kaliningrado, para montar veículos no esquema SKD (semi-knocked-down).
“Obviamente nós levamos em conta que possíveis sanções aplicáveis à Rússia podem afetar nossos negócios no país”, revelou uma porta-voz da Mercedes-Benz ao Automotive News Europe.
Na manhã desta quinta-feira o Exército russo declarou que tem como alvo apenas bases aéreas e outras áreas militares em território ucraniano. Para tanto, segundo a agência de notícias russa Tass, o Exército está usando “armas de alta precisão”.
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