A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Os juros são usados pelo Banco Central (BC) como uma ferramenta para tentar controlar a inflação, pois a alta ou a queda dos juros mexe com o consumo das famílias e a tomada de crédito no país. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. A Selic tem influência em todas as taxas de juros do país, como a dos empréstimos, financiamentos e das aplicações financeiras. Quando o BC altera a meta da Selic para baixo, a rentabilidade dos títulos atrelados a ela cai e, com isso, o custo dos bancos também diminui. Assim, uma redução da Selic, por exemplo, deve fazer com que os juros cobrados pelas instituições financeiras em empréstimos também caiam. O contrário ocorre quando a Selic sobe: o custo dos bancos aumenta e eles passam a cobrar mais pelos empréstimos.
A sigla vem de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que é a referência do BC para transações diárias de emissão, venda e compra de títulos públicos. Esses, por sua vez, são uma das formas de o governo arrecadar dinheiro para a manutenção do país — seja para construir mais estradas e hospitais ou investir na segurança —, além da arrecadação de impostos. A taxa Selic é decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias, e é influenciada por questões como a inflação, risco de recessão e perspectivas de crescimento econômico. A facilidade de acesso ao crédito bancário e ao financiamento é um dos principais reflexos da Selic no bolso dos brasileiros. Como serve de base para as taxas de juros em todo o país, quanto mais baixa a Selic, menores tendem a ser os juros impostos pelas instituições financeiras. Segundo o Boletim Focus, o relatório semanal divulgado pelo BC com a opinião de analistas e consultorias financeiras sobre os rumos da economia, a Selic deve fechar 2022 a 12,75% ao ano, e desacelerar para 8,75% ao fim de 2023.
Jovem Pan