Hospital de Esperança passa a realizar cirurgia minimamente invasiva para tratar câncer de bexiga

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O departamento de Uro-Oncologia do Hospital de Esperança (HE), em Presidente Prudente (SP), realizou a implantação da cirurgia minimamente invasiva para o tratamento do tumor de bexiga invasivo.

O método foi implantando na semana passada e é usado na exenteração pélvica anterior, que é a maior cirurgia da área da urologia e chega a ser mais agressiva do que um transplante, conforme explica o diretor clínico e coordenador do departamento, Felipe de Almeida e Paula.

“É feita a retirada da bexiga junto com a próstata em homens, ou no caso das mulheres a retirada da bexiga, útero, parte da vagina e os ovários. Fora isso também são retirados pedaços dos canais que chegam nos rins, os ureteres. Com isso, sem a bexiga, é preciso fazer a reconstrução com um pedaço do intestino”, afirma o diretor clínico.

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Ele destaca que pelo fato de mexer com muitos órgãos e várias costuras, o processo costuma dar muitos problemas e complicações. “São pacientes mais velhos, pacientes com câncer de bexiga costumam ter uma idade superior a 65 anos, além de ter comorbidades”, explicou o médico.

Na cirurgia convencional é feito um corte em toda a extensão da barriga. “Normalmente o paciente vai para a UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e fica internado, no mínimo, uma semana. Mas, tem pacientes que ficam 10, 15 dias, ou até mais”, relata Paula.

Com a cirurgia minimamente invasiva, por vídeolaparoscopia, há vantagens. “Sangra muito menos. A cirurgia aberta chega a sangrar litro, e por laparoscopia somente 90ml, é bem pouco para uma cirurgia desse porte. Além disso, o paciente pode receber alta em quatro dias, o que é algo fantástico. Sem dor, sem corte grande na barriga, sem alterações no pós-operatório, sem piora nos rins, o beneficio é muito grande para o paciente”, salienta o diretor clínico.

Agregado ao novo sistema, o HE também implantou o protocolo de melhoria do pré-operatório. “Chama-se ERAS. Há o preparo nutricional melhor, com preparo clínico melhor e de uma melhoria pós-operatória também com a extinção de drogas que possam piorar o intestino, que são drogas analgésicas, que a gente usa para tirar a dor, mas que também pioram o intestino. Então, a gente implantou o protocolo junto com o pessoal da UTI, com serviço de avaliação nutricional antes, entre outras coisas, e isso tem dado muito impacto. A gente chegou num ponto de excelência para esse tipo de cirurgia”, enfatiza o diretor clínico.

Para a implantação deste novo protocolo cirúrgico, o HE contou com o apoio do urologista Alexandre César Santos, de Barretos (SP).

“É um marco histórico em Presidente Prudente. A estrutura do Hospital de Esperança permite a realização deste tipo de cirurgia, sobretudo no aspecto humano. São profissionais extremamente capacitados, experientes na cirurgia minimamente invasiva e que hoje começam um voo um pouco mais alto e que beneficiará os pacientes de Presidente Prudente e região”, afirma Santos.

G1PP