As contas do governo central — que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central (BC) e a Previdência Social — tiveram déficit primário de R$ 20,6 bilhões em fevereiro, próximo ao déficit de R$ 21,3 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 30, pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O déficit ocorre quando a receita está abaixo das despesas, ou seja, a diferença entre o que entrou e saiu do caixa ficou negativa. O resultado foi melhor que a mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Economia, que indicava um déficit de R$ 21,7 bilhões. Com o número de fevereiro, o resultado acumulado no ano totaliza um superávit primário de R$ 56 bilhões ante superávit de R$ 22,2 bilhões no mesmo período de 2021. O governo está autorizado a registrar déficit de R$ 170,5 bilhões neste ano, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O Tesouro Nacional e o Banco Central foram deficitários em R$ 1,3 bilhão, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou déficit de R$ 19,3 bilhões. Comparado a fevereiro de 2021, o resultado primário observado decorre da combinação de um aumento real de 10,7% (R$ 11,3 bilhões) da receita líquida e um acréscimo real de 6,5% (R$ 8,3 bilhões) das despesas totais. Segundo o Tesouro, o aumento da receita é resultado da alta de contas administradas e não administradas, além da arrecadação da Previdência Social. Já no lado das despesas, o saldo é reflexo do pagamento de R$ 7,4 bilhões do Auxílio Brasil, aumento de despesas com a Saúde e a aquisição de crédito extraordinário para a compra de vacinas.
Jovem Pan