Governo prevê aumento na produção de milho na segunda safra

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A segunda safra de milho do Brasil deverá ser maior neste ano. Segundo levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento da produtividade e a elevação de 6,5% na área plantada deverão fazer o país produzir 88,5 milhões de toneladas. Em comparação com a safra passada, que sofreu com a estiagem e geadas, o aumento será de 45,8%. Os números do governo são mais conservadores do que os da iniciativa privada. Consultorias como a StoneX, por exemplo, citam uma produção brasileira de inverno de 91,9 milhões de toneladas. Já a Datagro indica uma safra de 93,5 milhões de toneladas, projeções otimistas para o cereal que está no campo à espera de boas condições climáticas.

E é justamente o clima o fator chave para continuar no radar. Em relatório divulgado nesta semana, o Rabobank informa que, entre março e maio, a chance de ocorrência do fenômeno La Niña é de 94%, o que acende o alerta para a possibilidade de chuvas abaixo da média no Centro-Sul. O agronegócio brasileiro precisa de uma produção farta para garantir oferta de alimentos ao Brasil e ao mundo, recompor renda no campo e assegurar a sustentabilidade econômica do negócio, pressionado por altos custos de produção.

A venda antecipada está abaixo da média, com 34,8% do cereal comercializado até agora, de acordo com a Datagro. No ano passado, nesta mesma época, o percentual superava 48%. As recentes quedas no preço do grão, que saiu de R$ 103 em meados de março para R$ 89 nesta semana, também afastaram vendedores do mercado. Há incertezas de todo tipo: cambiais, climáticas, e a produção farta é uma garantia fundamental para que o agronegócio mantenha a confiança em alta. O mundo precisa da produção brasileira, especialmente depois do espaço deixado pela Ucrânia no mercado global e menor área semeada nos Estados Unidos. Que venha uma boa safra de milho!

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