Com fim da emergência para Covid-19, clínicas privadas vão vender vacina sem necessidade de doação ao SUS

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O Brasil decretou fim do estado de emergência em saúde pública para a Covid-19. A decisão abriu várias lacunas na saúde do país, dentre elas a extinção da Secretaria Especial de Covid-19, que vinha realizando um trabalho sério e de orientação ao ministério. Reuniões periódicas semanais com especialistas ajudavam a nortear dificuldades apresentadas, sobretudo, na imunização frente ao coronavírus. Apesar de cada Estado apresentar as suas orientações de como prosseguir na pandemia, este grupo de trabalho delineava condutas sempre embasadas na ciência e critérios científicos, apesar dos conceitos políticos que envolvem o tema. Veja um exemplo eloquente. Enquanto vários municípios e Estados liberaram a vacina para pessoas com 60 anos de idade, este grupo só havia autorizado após os 70 anos ou mais.

Além disso, com o fim da emergência, teremos a venda de vacinas em clínicas privadas sem a necessidade de doação ao SUS. Entre todos os imunizantes dos quais temos conhecimento neste momento, a AstraZeneca é, por enquanto, a única disponível neste modelo de negócio. Existe a necessidade para estas vendas? Vários pontos de vista podem ser pensados, alguns com lado favorável, sim. Vejamos a questão da quarta dose em pessoas abaixo da idade preconizada. Enquanto muitos rejeitam o uso, existem milhares que gostariam, até por recomendação médica. A obrigatoriedade de pedido clínico me faz pensar que se trata de algo extremamente importante, respeitando o próprio ato médico.

Como já observamos que a vacinação heteróloga, ou seja, aquela que ocorre com várias plataformas vacinais, é mais efetiva do que a de uma única vacina, a entrada do imunizante da AstraZeneca será uma bela opção nestes casos. Empresas poderão fazer campanhas, assim como na Influenza e, gerar benefícios aos seus funcionários. Geração de custos é normal existir. Em clínicas privadas, a administração será cobrada, mas isso não impede o seu real valor. Com a população quase totalmente vacinada, não iremos cair em qualquer armadilha de fala sobre o capitalismo ou preterir a população menos abonada. Sinais do mundo moderno, de ganho de capitais e investimentos.

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Com esta possibilidade, talvez se alavanque mais a aplicação da vacina de Influenza, que também vem ficando aquém das expectativas. Entraremos em inverno rigoroso em boa parte do Brasil e, tanto no modo publico como privado, a vacina é mandatória e necessária. Vamos pensar positivamente, não em atos políticos. Pensar com ciência e critérios. Vamos avançar. Não acabou a Covid-19. Os casos estão mais brandos, mas acontecem. Cuidem-se e vacinem-se. Fica a dica de especialista.

Jovem Pan