Ministério da Educação adere ao exame internacional de avaliação de proficiência em Matemática e Ciências

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Brasil aderiu ao principal exame internacional que avalia a proficiência de estudantes em Matemática e Ciências, o Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciência (TIMSS – sigla em inglês para Trends In International Mathematics and Science Study). O exame é promovido pela IEA, sigla em inglês para International Association for the Evaluation of Educational Achievement, consórcio internacional composto por instituições nacionais de pesquisa, acadêmicos e analistas que trabalham para avaliar, entender e melhorar a educação em todo o mundo.

Em cerimônia de adesão oficial realizada nesta quinta-feira (2), na sede do Ministério da Educação (MEC), o ministro Victor Godoy, ressaltou que o objetivo dessa adesão é oferecer uma melhor compreensão da educação no país.

“Essa iniciativa coloca o Brasil no rol de mais de 60 países que aplicam essa avaliação. O MEC e o Governo Federal têm feito importantes avanços no sentido de colocar o Brasil nas avaliações internacionais. A adesão ao TIMSS será mais uma medida que irá agregar à nossa Política Nacional de Recuperação das Aprendizagens, com apresentação de resultados úteis para escolas, governo e toda a sociedade”, afirmou o ministro.

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A primeira aplicação do exame no Brasil será realizada em 2023 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC, que assinou termo de adesão ao estudo. De acordo com o presidente do Inep, Danilo Dupas, o TIMSS oferecerá parâmetros que possibilitarão ao Brasil aferir a evolução dos estudantes em sua trajetória no ensino fundamental do 4º ao 8º ano, a partir de contextos comparáveis entre os países participantes.

“Os resultados irão possibilitar ao MEC ainda mais subsídios para a formulação de políticas educacionais. Com a adesão, avançamos no que diz respeito à avaliação de desempenho dos nossos estudantes”, disse o presidente do Inep.

O TIMSS envolverá uma amostragem representativa da conjuntura brasileira como um todo e, também, de cada unidade da federação. A iniciativa tem o intuito de apresentar resultados comparativos para contribuir com o desenho de políticas educacionais efetivas, levando em conta as experiências exitosas de outros participantes e, sobretudo, as evidências científicas mais recentes.

Para o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, a adesão representa um marco histórico no campo das avaliações internacionais em larga escala conduzidas no Brasil.

“Em 2019, o Brasil aderiu ao exame que avalia a capacidade de leitura de crianças do 4º ano, o PIRLS, sigla em inglês para Estudo Internacional de Progresso em Literacia de Leitura, outro estudo da IEA. As avaliações conduzidas pela organização internacional certamente enriquecerão os debates educacionais no nosso país e auxiliarão, também, os gestores nos seus processos de tomada de decisão”, reforçou Nadalim.

O secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, complementou: “Toda vez que aderimos a uma avaliação internacional, temos a oportunidade de moldarmos nossas práticas e políticas educacionais, com foco no aprimoramento das aprendizagens. Além disso, os estudos comparativos nos dão elementos bastante relevantes para trabalharmos a melhoria dos sistemas educacionais”.

Como as avaliações serão aplicadas para estudantes do 4º ano entre 9 e 10 anos de idade) e do 8º ano (entre 13 e 14 anos de idade), o exame ocorrerá, portanto, em ciclos de 4 anos. Isso permite aferir a evolução alcançada pelos estudantes ao longo dessa trajetória.

Segundo o diretor-executivo da IEA, Dirk Hastedt, que participou da cerimônia de forma remota, os estudos que o Brasil aderiu são realizados com vários indicadores junto à Organização das Nações Unidas (ONU). “Estamos muito felizes de ter o Brasil aderindo às nossas avaliações. Tenho certeza de que isso contribuirá bastante para o fortalecimento da educação no país”, disse.

Também estiveram presentes no evento o consultor em Avaliação Educacional, Helder Sousa; a diretora de Avaliação da Educação Básica do Inep, Michele Melo e técnicos do MEC. Ao final, foram apresentados os processos da avaliação internacional.

Assessoria de Comunicação do MEC com informações da Sealf