O ministro da Educação, Victor Godoy, participou de discussões sobre a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem no Brasil durante o Fórum Brasil-OCDE, que aconteceu nesta quarta-feira (22), dentro da programação da Semana Brasil-OCDE. O evento é realizado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e vai até o dia 24 de junho, em Brasília.
Na sessão foram debatidas as principais ações que o Brasil deve considerar priorizar, nos próximos anos, para atualizar a profissão de professores e melhorar as práticas docentes. O ministro Victor Godoy apresentou ações que são desenvolvidas no Ministério da Educação (MEC) para o fortalecimento da atuação de professores no país e mostrou indicadores de adequação da formação docente.
“Sabemos que temos muitos desafios, mas temos visto também evoluções, principalmente, na formação de professores. Em 2013, por exemplo, 65% dos docentes do Brasil tinham formação adequada para a educação infantil. Atualmente, esse número passou para 71%. Também houve aumento no número de cursos a distância e, ainda, neste ano, o Governo Federal demonstrou que reconhece a importância dos professores para o futuro da educação brasileira e definiu o novo piso do magistério, estabelecendo o maior reajuste do piso na história recente de 33,24%”, informou o ministro.
O titular do MEC apresentou as plataformas de cursos na alfabetização, educação empreendedora, Novo Ensino Médio e educação financeira exclusivos para os professores. Além disso, mostrou o LabCrie (Laboratórios de Criatividade e Inovação para a Educação Básica). A iniciativa envolve a montagem do espaço, com mobiliário, equipamentos e softwares, totalmente dedicado à formação continuada de professores da rede pública de ensino, com foco na inovação pedagógica e no uso educacional das tecnologias. A expectativa é de que atinja mais de 630 mil docentes da rede estadual do país.
Paulo Santiago, chefe da Divisão de Aconselhamento e Implementação de Políticas da OCDE, fez um panorama com os principais aspectos e impactos da atividade desenvolvida pelos professores brasileiros. Além disso, o representante da organização apresentou pontos fundamentais para a construção de políticas docentes integradas. “Professores são peças-chave para a melhoria da educação brasileira, mas ainda existem muitos desafios no sistema”, afirmou.
O painel também contou com a participação de Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecília Vidigal. Ela destacou os principais avanços do Brasil em questões legislativas no âmbito da educação e focou na importância da educação infantil. “Educação de qualidade na primeira infância pode quebrar o ciclo da pobreza de uma geração para outra”, avaliou.
O presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo (Undime-SP), Luiz Miguel, também destacou a importância da formação continuada de professores e valorização desses profissionais. “Importante ressaltar que, em todos os debates sobre a melhoria da qualidade da educação básica pública, a Undime sempre reitera a necessidade de vincular essa melhoria à valorização dos profissionais do magistério com piso nacional, formação inicial e continuada, e carreira”, disse.
O secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, foi o responsável pela moderação das discussões e reforçou, também, a importância das apresentações que “poderão auxiliar para a criação de políticas públicas no país”, afirmou.
Fórum Brasil-OCDE
A programação serve como um espaço de discussão sobre a ambiciosa agenda de reformas do Brasil e mostra à sociedade civil, à academia e aos representantes dos setores público e privado o valor e a riqueza da cooperação Brasil-OCDE. O Fórum também representa uma oportunidade para lançar, discutir e divulgar amplamente os principais resultados dos projetos relevantes, recentes e em curso, entre o Brasil e a OCDE.
Assessoria de Comunicação Social do MEC