Fiat Mobi é o seminovo mais valorizado do Brasil; em um ano, dono ”ganhou” R$ 10 mil

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A Mobiauto divulgou nesta quinta-feira (7) uma interessante pesquisa envolvendo o mercado de seminovos no país, categoria que vivencia uma escalada de preços motivada, em grande parte, pela diminuição da oferta de veículos 0 km.

De acordo com o levantamento, o Fiat Mobi foi o automóvel que mais valorizou na comparação entre o primeiro semestre de 2021, quando retirado da concessionária 0 km, e o primeiro semestre deste ano.

“Quem adquiriu um Fiat Mobi zero km, na média das várias versões, em 2021, pagou R$ 47.255. Em 2022, esse mesmo carro, já seminovo, portanto, custa R$ 57.068. Isso dá uma valorização de 20,77% para o compacto, a qual chegou a superar 28% dependendo da versão”, destaca a Mobiauto.

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“É curioso comprar um carro zero km, usá-lo por um ano e ver seu patrimônio aumentar em quase 30%!”, acrescenta Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto.

Após o Fiat Mobi, o Volkswagen Nivus foi o seminovo mais valorizado, com aumento de 15,72%. O crossover foi seguido pela picape compacta Fiat Strada (15,41%), Fiat Argo (14,8%) e Toyota Hilux (14,3%).

Essa é uma distorção que tem havido no mercado de seminovos. Com a falta de modelos básicos, já que o mix de produção foi reorientado para produzir carros de maior valor agregado em razão da falta de componentes, as montadoras reajustaram bem acima da inflação os preços de seus carros mais baratos. Isso foi uma estratégia para desincentivar a compra. Os aumentos dos novos acabaram puxando a cotação dos seminovos”, explica Castro Jr.

“Dos 40 carros e comerciais leves mais vendidos do país, apenas três modelos anotaram desvalorização: Chevrolet Spin, Renault Sandero e VW Gol. Mesmo assim, os percentuais são mínimos, quando sabemos que, em condições normais, o carro zero km deprecia de 15% a 20% após um ano de uso”, pontua.

De acordo com a Mobiauto, foi considerado na pesquisa um total de 136 versões desses campeões de vendas a fim de aprimorar a leitura da real situação do mercado de seminovos do país.

“Nem tudo pode ser visto como ‘média’. Destaco o comportamento do Jeep Renegade Longitude. Quando é movido a diesel, ele valoriza 13,2%. Se for a opção flex, ele deprecia 7,39%”, realça o CEO da empresa.

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