O Centro de Operações de Emergência (COE), criado pelo Ministério da Saúde para monitorar o avanço da varíola dos macacos no Brasil, classificou a doença com nível de alerta máximo no país.
De acordo com informações do O Globo, o nível III é estabelecido em cenários de “excepcional gravidade” e admite que a situação pode culminar em declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).
Os níveis de emergência variam de I a III e a classificação está no Plano de Contingência Nacional para o vírus, lançado na terça-feira (9). O Brasil foi classificado em nível III pois, além de já existirem casos confirmados, o país já conta com a transmissão comunitária, e ainda não há disponibilidade de medidas de imunização e tratamento.
“Nível III: ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentes esferas de gestão do SUS, exigindo uma ampla resposta governamental. Este evento constitui uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional- ESPIN”, diz o texto.
O plano, de 31 páginas, apresenta ainda informações estratégicas para contenção e controle da doença no país e orientações assistenciais, epidemiológicas e laboratoriais para a gestão dos casos de varíola dos macacos. O texto também estabelece estratégias de capacitação e comunicação, além de orientar ações a serem definidas por estados e municípios brasileiros.
Casos de varíola dos macacos no Brasil
Na segunda-feira (8), o Brasil registrava 2.293 casos confirmados de varíola dos macacos, segundo dados do Ministério da Saúde. O estado de São Paulo acumula o maior número de casos com 1.636 registros.
O Brasil confirmou a primeira morte relacionada à doença no fim de julho, além de infecções em crianças. Mais dois óbitos também já foram relatados na Europa.
Na segunda-feira (1), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que o Brasil iria receber o antiviral tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos no país.
Contudo, o atual documento do Plano de Contingência Nacional salientou que, apesar dos esforços do governo, “no momento, não há disponibilidade no mercado internacional de vacinas ou medicamentos para tratamento para aquisição pelo Brasil”.
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