Saúde poderá adquirir medicamentos e vacinas de forma mais célere contra varíola dos macacos

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O Ministério da Saúde poderá solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados no exterior, em condições específicas, para a prevenção ou tratamento da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. Isso porque a agência aprovou, norma que prevê a dispensa do registro para importação. A resolução aprovada vai simplificar a análise documental e facilitar o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas.

O controle da varíola dos macacos é prioridade para o Ministério da Saúde, que realiza constante monitoramento da situação epidemiológica para orientar ações de vigilância e resposta à doença no Brasil. Com a evolução do cenário epidemiológico da doença no País, a pasta ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) com o objetivo de organizar a atuação do SUS para resposta coordenada à doença, com a elaboração do Plano Nacional de Contingência para Monkeypox.

Anterior à análise da Anvisa, o Ministério da Saúde havia entrado em tratativas para a aquisição de imunizantes. A previsão é que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com a solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

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Sobre a doença

A varíola dos macacos é uma zoonose viral (um vírus transmitido aos seres humanos a partir de determinados animais) com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, embora esteja se mostrando clinicamente menos grave.

Causada por um vírus, os sinais da enfermidade podem durar entre duas e quatro semanas. A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados. A transmissão por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação.

Nathan Victor – Ministério da Saúde