Seja nas salas de estar, jantar, na varanda ou mesmo em cozinhas e banheiros, os tapetes são elementos versáteis e incluídos no décor com uma diversidade de modelos, tamanhos, cores e texturas. Junto com a missão de decorar, contribuem com o conforto e bem-estar dos moradores, bem como tornam os ambientes acolhedores, repletos de vida e cor, além de preservar o revestimento. Assim, esses pontos devem ser levados em conta na composição do projeto de interiores.
Muito mais que um adereço, o tapete desempenha uma função super relevante. Embora a peça seja um dos últimos itens a serem dispostos no ambiente – o que poderia soar como um mero detalhe –, a sua escolha é feita com uma devida antecedência. “Prezando pela harmonia do décor, ele precisa refletir o seu papel de protagonismo e, por isso, é um dos primeiros itens que escolhemos para o layout”, afirma Giselle Macedo, arquiteta do escritório Macedo e Covolo Arquitetura.
Como definir o tapete certo?
A escolha da cor, textura, tamanho ou estilo do tapete sempre vai depender das necessidades do ambiente – seja de espaço ou de layout –, e das preferências dos moradores. Patricia Covolo, designer de interiores, e sócia do Macedo e Covolo, alega: “Não existe regra fixa, pois tudo depende do estilo e do conjunto do décor. O importante é sempre analisar o resultado visual que a peça imaginada oferecerá”.
Ainda assim, os profissionais de arqdecor seguem referências que auxiliam no propósito de acertar o melhor tapete. A primeira delas, como dito, é incluí-lo no planejamento de interiores logo no início do projeto, considerando o tamanho e a função que ele exercerá no ambiente como um todo. Dado esse primeiro passo, é possível partir em busca do estilo desejado, sempre levando em conta os gostos e preferências de quem irá usufruir.
Proposta de cores
Sobre as cores, o morador também é livre para expor sua preferência – mas antes de qualquer decisão, não se pode deixar de acompanhar a paleta de cores definida para o projeto. “É fundamental que a tonalidade do tapete acompanhe os demais itens presentes no espaço. Junto com a proposta de um décor fluído, a peça deve propiciar leveza e ser agradável aos olhos”, avalia Giselle, que complementa: “Opções neutras tendem a durar mais, enquanto as peças muito coloridas e estampadas, ao longo do tempo, podem se tornar cansativos”.
Formatos ideais
No que diz respeito aos formatos, o mercado de tapetes trabalha com as versões mais padronizadas, como os lisos, quadrados, redondos, retangulares ou os orgânicos. Já sobre as estampas, é possível contar com uma variedade de cores e texturas, além de infinitas possibilidades dentro dos lisos ou geométricos.
Nessa etapa, a designer Patricia Covolo sugere a realização de um teste prático que pode facilitar na tomada de decisão. “Sempre aconselho experimentar mais de uma opção para os ambientes. Muitas vezes o imaginado na loja pode mudar quando a peça entra em contato com o verdadeiro local. Assim encontramos a peça de encaixe perfeito que faltava no décor”, compartilha.
Tapetes geométricos
Os tapetes geométricos são famosos por impor sua personalidade e possuir força o suficiente para mudar completamente a estética do local com extrema facilidade. Para Giselle, “mesmo que não exista receita de bolo, os tapetes geométricos são perfeitos para ambientes em que os móveis são mais neutros e a ideia é dar movimento ao conjunto”. Portanto, é valioso ter em mente que ele geralmente será o protagonista e, com isso, a observância do cuidado para que ele não destoe na decoração.
Eles podem ser encontrados em estampas quadriculadas, triangulares, retangulares ou, até mesmo, circulares – que também são classificados como formas geométricas –, e com as mais diversas combinações de cores. Esse tipo segue em alta e são indicados quando o intuito é adicionar cor e vida, mas sem deixar a proposta cansativa.
Muitos deles também podem ser feitos sob medida, trazendo a proposta de personalização e tornando o espaço ainda mais único. “A maioria dos tapetes geométricos trazem a ideia de movimentação, cor e personalidade ao espaço. Para cumprir esses requisitos com perfeição, é muito melhor quando temos a possibilidade de inserir um modelo feito sob medida”, confirma a arquiteta Cristiane Schiavoni.
Tapetes lisos
A escolha por tapetes lisos não necessariamente significa neutralidade. Isto é, eles podem assumir o mesmo papel do tapete geométrico no que diz respeito à inserção de cor e vida ao conjunto. Mesmo assim, há estilos de mobiliário ou decoração que merecem destaque por si só.
Por isso, o ambiente acaba pedindo por um tapete de cor neutra. Segundo a designer de interiores Patricia Covolo, “os tapetes lisos são perfeitos para os ambientes com decoração mais clássica e quando ele assume outras funções além de agregar cor ou movimento, como delimitar espaços ou trazer a sensação de aconchego”.
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