Mini casa inteligente garante conforto e praticidade mesmo no clima frio

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A ideia de viver em tiny house, ou mini casa, tem conquistado pessoas em busca de uma vida mais simples e prática. Muitas destas residências têm rodas e são autossuficientes para que o seu transporte seja fácil e o conceito de liberdade seja realmente colocado em prática. Mas, para que tudo funcione em um espaço reduzido, é preciso pensar de forma holística, encaixando todas as necessidades e momentos do dia a dia no projeto.

A casa precisa funcionar como um sistema eficiente, do contrário a expectativa de uma vida mais confortável pode se transformar em uma realidade estressante. Com isso em mente, a Instead, empresa canadense especializada em tiny houses, cria projetos eficientes, levando em consideração a rotina de quem vai viver em uma casa bem menor do que o padrão atual.

Como exemplo, nada melhor do que a casa do próprio fundador da Instead. Lee Lowen e sua esposa Rebecca mostraram como é a tiny house onde vivem em uma matéria do Exploring Alternatives, canal especializado em arquitetura.

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Uma particularidade deste projeto é que, além da visão holística, ele trouxe uma preocupação extra: a casa precisa ser prática e aconchegante, mesmo no clima frio do Canadá. Por isso, a casa foi pensada para resistir às temperaturas extremas, com um isolamento térmico reforçado no exterior, que é revestido por metal escuro e o encanamento é todo subterrâneo, mantendo a temperatura dos canos para que a água não congele nos meses mais frios.

E, mesmo com o frio e isolamento, o interior foi projetado para passar a ideia de um ambiente arejado e aberto, com madeiras claras e grande janelas de vidro que permitem o contato visual com a paisagem e a entrada de luz natural.

Para que as pessoas não “se trombem” nos dias em que sair de casa fica mais difícil, a facilidade de circulação ganhou uma atenção especial, com um corredor principal ligando a sala de estar, cozinha, banheiro e quarto.

Com apenas 9,7 metros de comprimento, o uso eficiente de todo o espaço também era uma preocupação. A sala de estar, por exemplo, tem um bom espaço de armazenamento embutido no banco ao longo da janela, onde é possível guardar sapatos e casacos.

Em baixo do sofá ficam embutidos outros espaços para guardar o que for preciso, deixando a sala livre para as pessoas. Outro detalhe de design é o encaixe da mesa e do banco, que se tornam uma peça única quando não há ninguém sentado.

A cozinha inclui bancadas de metal duráveis, armários pretos, prateleiras abertas, uma adega embutida e uma geladeira de tamanho normal, além de forno e fogão de duas bocas.

O banheiro também não deixa nada a desejar para uma casa “normal”, com um bom chuveiro e uma atmosfera de spa. O diferencial ali é o uso eficiente de água que garante uma economia de quase 40% deste recurso, já que a casa não está ligada à rede de saneamento.

O andar de baixo tem ainda um dos dois dormitórios da tiny house, que está sendo ocupado por Max, bebê de Lee e Rebecca. O quarto tem um berço pequeno e um guarda roupa para a família.

Já o quarto de casal fica acima da cozinha e tem basicamente uma cama. O espaço é usado apenas para dormir, já que o pé direito é claramente um problema. Mas, mesmo neste espaço, a iluminação natural está garantida, graças a uma clarabóia.

Para se chegar no quarto, é necessário subir uma pequena escada, localizada ao lado do sofá, que está integrada com algumas prateleiras. A escada foi desenhada para ocupar menos espaço do que uma escada típica e também fazer com que pareça mais resistente e fácil de subir do que uma escada comum.

A energia elétrica vem de um pequeno galpão com painéis solares que abriga ainda os tanques de água com capacidade para armazenar 2 mil litros.

Os custos totais para construção ficaram em torno de US$ 143 mil, incluindo o sistema solar. Para mais informações sobre os projetos desenvolvidos pela Instead, siga a empresa no Instagram.

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