‘Empoderamento feminino é dar liberdade financeira e econômica’, defende presidente da Caixa

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O programa Caixa Para Elas completou um mês de sua implantação. O serviço oferece informações para a formalização de Micro Empreendedoras Individuais (MEIs), dicas de empreendedorismo e promoção da autonomia feminina. Para falar sobre o programa, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou a presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, que defendeu o empreendedorismo como forma de promover a ascensão social de mulheres. “Fato é que, dos 20 maiores bancos do Brasil, o único presidido por uma mulher é a Caixa. O governo aprovou mais de 70 leis para mulheres, trabalhou a independência financeira, que é a melhor rampa de saída. Quer falar de empoderamento feminino? Empoderamento feminino é você dar liberdade financeira e econômica. Nunca nenhum governo trabalhou tanto em prol dessa agenda e é a primeira vez que a gente tem uma redução do feminicídio”, defendeu a executiva ao falar sobre sua relação com o Governo Federal. Segundo Marques, o programa Caixa Para Elas já tem impactos importantes: “A Caixa quer apoiar principalmente essas mulheres beneficiadas pro programas sociais para que o Governo Federal e a Caixa estejam de mãos dadas e ajudem na rampa para ela decolar promovendo cursos por meio o site do Caixa Pra Elas”.

“Tem curso gratuito de empreendedorismo criativo e nesses mil espaços nas agências a mulher pode se orientar sobre como ela abre o MEI, tem programa de microcrédito a partir de R$ 1 mil, e até o Pronampe, que é um programa que o Governo Federal atua como garantidor, fiador, da micro e pequena empresa. São R$ 50 bilhões em crédito disponível para MEI e micro e pequena empresa. O terceiro pilar é o pilar de produtos exclusivos e serviços, traduzindo um pouco do shopping financeiro para as mulheres. E está sendo um sucesso. Já temos mil unidades de atendimento no Brasil inteiro. Já foram 26 milhões de mulheres que baixaram o aplicativo do Caixa Para Elas no Caixa TEM, e no site mais de 7 milhões de acessos. Nos espaços físicos, mais de 70 mil mulheres já foram atendidas. Foram 8 mil embaixadoras capacitadas e treinadas para dar orientações e apoio às mulheres. Ontem mesmo recebi um relato de uma mulher que foi vítima de um estupro após um acidente de carro e recorreu ao espaço do Caixa Para Elas”, detalhou Daniella.

A presidente da Caixa também falou sobre o andamento das investigações a respeito das denúncias de assédio contra o ex-presidente da instituição, Pedro Guimarães: “O próprio conselho, um dia antes da minha chegada, há pouco mais de 70 dias, contratou uma empresa independente de investigação, que está atuando permanentemente no banco junto com o órgão da corregedoria interna. O prazo contratual deles, para acabar a primeira fase de investigações, expira agora no dia 24 de setembro, quando eles levam à corregedoria. E foi criada uma comissão de supervisão incluindo órgãos externos de controle da União. Temos o TCU, a CGU, o próprio corregedor-geral cooperando com a Caixa nos trabalhos, e também a AGU, supervisionando o andamento dos trabalhos, que devem ser concluídos nos próximos 20 dias. Não é um trabalho simples. É muito oportunista, ainda mais no período eleitoral que estamos vivendo, ficar cobrando celeridade e achar que foi abafado, porque isso envolve pessoas. A gente tem que ser muito sério em expor as pessoas, sejam os denunciantes, sejam os denunciados, e a própria imagem do banco”. Segundo a executiva, o relatório a respeito das denúncias será enviado ao Ministério Público e foi criado um canal de acolhimento presencial para que mulheres possam denunciar outros casos de assédio e serem acolhidas.

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A executiva elogiou programas sociais como o Auxílio Brasil, que permitem que o beneficiário trabalhe por dois anos sem perder o benefício, e ponderou também que é preciso fomentar iniciativas para que as famílias deixem o programa do Governo Federal: “Falam que os liberais não tem coração, para mim ter coração não é só prover assistência, mas prover uma rampa e uma oportunidade para que as pessoas progridam financeiramente, se insiram nos mercados, conquistem sua própria independência e realizem os sonhos para si e sua família (…) Às vezes alguém oferecia um emprego e a pessoa não aceitava para não perder o benefício. A hora que você dá essas duas rampas e fica de mãos dadas durante dois anos até que a pessoa construa a própria renda e possa decolar. A Caixa, enquanto banco operador desses programas sociais e com a presença e capilaridade que tem, está capacitando a nossa rede para entrar com uma agenda forte de empreendedorismo social e enxergando no empreendedorismo a melhor ferramenta de redução de desigualdade e transformação. Ninguém quer perpetuar pessoas na pobreza”. Confira no vídeo abaixo a entrevista na íntegra.

Jovem Pan