Edifícios em Viena usarão calor humano para aquecimento

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Um complexo sustentável de escritórios começou a ser construído no distrito de Seestadt Aspern, em Viena, capital da Áustria. Apelidado de “Robin”, o edifício não exigirá a implantação de um sistema de aquecimento, isso porque promete, com a própria estrutura, manter uma temperatura constante de 22 e 26 graus Celsius usando o calor do corpo humano.

Um único corpo humano pode emitir, em média, 100 watts de calor, quando em repouso. Dispositivos elétricos, como lâmpadas, também emitem calor. A ideia é justamente reter estas duas fontes de calor no interior do prédio. Para tanto, o edifício, desenvolvido pelo grupo imobiliário Soravia, terá paredes de tijolos de 80 centímetros de espessura e janelas com vidros triplos.

A ideia não é nova. O uso do calor humano para gerar energia é tema de diversos estudos e já é aplicado em alguns lugares. É o caso de um edifício de escritórios na Suécia que, localizado acima de uma estação de metrô de Estocolmo, usa o calor corporal dos passageiros para suprir as necessidades de aquecimento em 5% a 10%. Outro exemplo recente é a balada na Escócia que está usando bombas de calor para capturar a energia térmica do público.

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De todo modo, tais iniciativas ainda representam uma parcela pequena frente a maioria dos projetos da construção civil. Segundo a ONU, somente o setor da construção contribui com aproximadamente um terço das emissões mundiais de CO2 relacionadas à energia, sendo o uso de alternativas sustentáveis um passo essencial no combate às mudanças climáticas.

No caso do complexo Robin, o objetivo é mesclar técnicas antigas, usadas há séculos em igrejas e mosteiros, por exemplo, com a mais recente tecnologia. Exemplo disso, é que além das grossas paredes, que vão economizar custos de energia graças à proteção térmica natural, haverá tecnologia de sensores para medir constantemente a temperatura ambiente, o teor de CO2 do ar e a umidade, de forma a garantir o clima agradável.

Em dias de muito calor, um sistema de refrigeração poderá ser ligado. O mesmo será operado de forma independente a partir da eletricidade gerada no sistema fotovoltaico instalado no teto.

O projeto está previsto para ser concluído em 2024.

Ciclo Vivo