Conheça as 32 seleções que vão disputar a Copa do Mundo de 2022 e os favoritos ao título

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A Copa do Mundo de 2022, marcada para acontecer entre 20 de novembro e 18 de dezembro, no Catar, será a última disputada no formato com 32 participantes – a partir da próxima edição, a Fifa abrigará 48 países. Desta vez, o principal torneio de futebol do planeta contará com treze nações da Europa, cinco da África, cinco da Ásia, quatro da América do Sul, três da América do Norte, uma da América Central e outra da Oceania. Divididos em oito grupos, os países tentarão ficar entre entre as melhores posições de suas respectivas chaves para avançar às oitavas de final. Maior campeão com cinco taças, o Brasil é um dos favoritos ao título e deve ter a concorrência de Argentina, Inglaterra, Alemanha e Portugal. Abaixo, conheça as seleções e os principais candidatos ao troféu.

Grupo A

Catar

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Os anfitriões participarão pela primeira vez da Copa do Mundo. A Seleção do Catar não tem tradição no esporte. A maioria dos atletas atuam na própria liga catari. Os dois principais times da liga são: Al-Sadd e o Al-Duhail. O ala esquerdo Akram Afif é considerado o melhor jogador da equipe e atua no Al-Sadd. Nenhum atleta atua em uma das grandes ligas nacionais europeias. O time é comandado por Félix Sánchez, ex-técnico da base do Barcelona, desde 2017. O Catar foi convidado para participar da Copa América em 2019 e integrou o Grupo B com Colômbia, Argentina e Paraguai, terminando na lanterna com um ponto conquistado. A seleção catari ocupa a 50º posição no ranking da Fifa, tendo subido 46 posições. A estreia no esporte foi na Copa da Ásia em 1980, quando era comandada pelo técnico brasileiro Evaristo de Macedo.

Equador

O Equador chega bem discreto para a disputa da Copa do Mundo. Os equatorianos terminaram as Eliminatórias Sul-Americanas na quarta posição, desbancando Chile e Colômbia. A vaga esteve ameaçada até mesmo após o término das eliminatórias, isto porque as federações chilena e peruana denunciaram o Equador na Justiça Desportiva por conta de informações falsas na inscrição do lateral-direito Byron Castillo, um dos destaques do elenco. O atleta foi eleito o melhor jogador da posição no continente em 2021 e atua no León, do México. A alegação é que o jogador teria nascido na Colômbia. No entanto, a Fifa manteve os equatorianos no Mundial. É a quarta participação do Equador em copas. A primeira participação foi em 2002, quando ficou na fase de grupos. Sua melhor participação foi em 2006, quando chegou nas oitavas de final.

Holanda

A Holanda é considerada uma das potências do futebol mundial, apesar da falta de títulos de expressão. A conquista mais importante da história foi a Eurocopa de 1988, quando venceu a União Soviética por 2 a 0 na final. Quando o assunto é Copa do Mundo, impossível não citar o “Carrosel Holandês” de 1974 e 1978 comandado por Johan Cruyff, maior jogador da história do futebol holandês e um dos maiores nomes de todos os tempo do esporte. Nas duas oportunidades, a Holanda acabou com o vice-campeonato, contra Alemanha e Argentina. A “Laranja Mecânica” chegou novamente na final em 2010, mas perdeu da Espanha. Os holandeses conquistaram o terceiro lugar em 2014 e ficaram com a quarta posição em 1998. No total, são 11 participações em mundiais, contando com a edição deste ano. O atacante Memphis Depay e o zagueiro Virgil Van Dijk são os destaques da atual seleção. Contudo, o grande nome da atual geração, Giorgino Wijnaldum, fraturou a tíbia e está fora da Copa.

Senegal

A seleção senegalesa é a grande destaque do futebol africano atualmente. Os senegaleses conquistaram a última Copa das Nações Africanas. A conquista da vaga veio de maneira épica: vitória contra o Egito, de Mohamed Salah, depois de um empate sem gols no tempo regulamentar e vitória por 4 a 2 nos pênaltis. O elenco é composto por nomes conhecidos, como o goleiro Mendy, do Chelsea, que promete dificultar a vida dos atacantes adversários. Mas a poucos dias do início da competição, Senegal recebeu uma péssima notícia: Sadio Mané, do Bayern de Munique, principal jogador da equipe, sofreu uma lesão muscular e dificilmente vai disputar a competição – ele foi convocado, mas ainda não sabe se terá condições de jogo. Será a terceira participação em Copas: sua melhor campanha foi em 2002, quando chegou às quartas de final. Destaque para a vitória contra a França, na fase de grupos, por 1 a 0.

Grupo B

Inglaterra

A Inglaterra tem tudo para passar em primeiro lugar no Grupo B e chegar longe na Copa. Os inventores do futebol conquistaram o mundo em 1966. De lá para cá, os ingleses não conseguiram resultados expressivos na competição. As melhores campanhas foram em 1990 e em 2018, quando os ingleses chegaram nas semifinais da competição. No Catar, os Três Leões disputarão o torneio pela 16º vez e contam com bons nomes no elenco. Destaque para o centroavante Harry Kane, do Tottenham Hotspur, um dos candidatos a artilheiros da competição. Ele obteve a chuteira de ouro na edição de 2018. A Inglaterra chegou na final da Eurocopa de 2021, mas perdeu nos pênaltis para a Itália por 4 a 3. A derrota frustrante na final não diminuiu a empolgação da torcida, que está confiante no bicampeonato. Além da Copa do Mundo de 1966, os ingleses levaram a Eurocopa de 1968, suas duas principais conquistas.

Irã

A Copa do Mundo do Catar será a sexta participação do Irã em mundiais. A primeira delas foi em 1978, quando foi eliminada ainda na primeira fase. Mesmo resultado nas edições de 1998, 2006, 2014 e 2018. A seleção iraniana possui três títulos da Copa da Ásia em sua galeria: 1968, 1972 e 1976. O principal nome do elenco atual é o atacante Mehdi Taremi, do Porto-POR. O maior ídolo da história do futebol iraniano é Ali Daei, que até o ano passado era o maior artilheiro por seleções, com 109 gols, sendo superado pelo português Cristiano Ronaldo, hoje com 117 gols.

Estados Unidos

A seleção americana divulgou a lista de convocados na última quarta-feira, 9. Os Estados Unidos voltam a disputar a Copa do Mundo, depois de não conseguir a classificação no último mundial, disputado na Rússia. A melhor campanha em copas foi em 1930, quando ficaram com o terceiro lugar. Foi sede da Copa do Mundo de 1994, quando os anfitriões chegaram nas oitavas de final, perdendo para o Brasil (campeão da edição) por 1 a 0. A principal conquista foi a Liga das Nações da Concacaf na temporada 2019/20. Christian Pulisic é um dos nomes mais conhecidos do atual elenco. Giovanni Reyna é outro destaque do time. Será sua 11º participação em copas.

País de Gales

A seleção do País de Gales também anunciou a lista dos jogadores convocados para a Copa do Mundo na quarta-feira, 9. O mundial deste ano será apenas a segunda participação dos galeses, quebrando um jejum de 64 anos fora da maior competição do planeta. A primeira foi em 1958, quando chegaram nas quartas de final, perdendo para o Brasil de Pelé. O grande destaque do time é, sem dúvida, Gareth Bale, que hoje atua nos Los Angeles FC, dos Estados Unidos. A classificação veio com uma vitória sobre a Ucrânia por 1 a 0. Bale foi o autor do gol histórico.

Grupo C

Argentina

A seleção argentina chega como favorita no Grupo C e é vista como uma das equipes com condições de conquistar a Copa do Mundo. Os argentinos sentiram esse gosto por duas vezes: em 1978, em casa, e 1986, tendo Maradona como o principal nome do time naquela edição. A Argentina ainda possui três vices: 1930, 1990 e 2014. Lionel Messi é a principal estrela da equipe e provavelmente disputará sua última Copa do Mundo. O elenco ainda possui grandes nomes. Entre eles, Di Maria, Lautaro Martinez, Rodrigo De Paul, Cristian Romero e Emiliano Martinez. No total, a Copa do Mundo de 2022 será a 18º participação da seleção argentina.

Arábia Saudita

A Copa do Mundo do Catar será a sexta da Arábia Saudita. Os sauditas tentarão repetir o feito de 1994, quando chegaram nas oitavas de final. Até então, a melhor campanha da seleção em copas. Os “Falcões Verdes” conquistaram a Copa da Ásia três vezes: 1984, 1988 e 1996. No elenco, boa parte dos jogadores atua no futebol local. O principal destaque da equipe Fira Al Buraikan. O meia-atacante Salem Al Dawasari também merece destaque, além do meio-campista Salman Al Faraj.

Polônia

A seleção polonesa anunciou a lista dos 26 jogadores convocados para o mundial nesta quinta-feira, 10. Entre eles, claro, está o craque da equipe: Robert Lewandowski. Outros atletas que merecem destaques, e estarão na Copa do Mundo, são: Szczesny, goleiro da Juventus, e Zielinski, meia do Napoli. Esta será a nona participação da Polônia em copas. Beliscou um terceiro lugar em 1974, quando derrotou o Brasil por 1 a 0. Repetiu o feito em 1982. Os poloneses possuem condições de avançar ao mata-mata da competição, mas estão longe de ser consideradas uma das postulantes ao título.

México

O México sediou duas Copas do Mundo: em 1970 e em 1986. Nessas duas edições, os mexicanos avançaram até as quartas de final, seus melhores resultados em mundiais. É a equipe de maior sucesso entre as seleções da Concacaf, tendo conquistado 11 vezes a Copa Ouro, competição organizada pela entidade. Na sala de troféus, os mexicanos ainda possuem uma Copa das Confederações, conquistada em 1999. Porém, desde 1986, o México não passa das oitavas de final. Contando a Copa do Mundo do Catar, são 17 participações. O experiente goleiro Guillermo Ochoa, de 37 anos, vai defender a meta mexicana pelo quinto Mundial. Guardado, Raúl Jiménez, Hirving Lozano e Edson Álvarez também merecem atenção.

Grupo D

Austrália

Os Socceroos estão em sua sexta edição de Copa do Mundo e chegam ao Catar sem grandes chances de avançar às oitavas pela força dos adversários. A Austrália disputa as eliminatórias da Ásia e ficou em terceiro no Grupo B, indo para a repescagem. Nos pênaltis, venceram o Peru por 5 a 4 e garantiram vaga no Catar. A convocação da seleção teve duas curiosidades: a revelação Cristian Volpato recusou o convite dos Socceroos para defender a Itália, e o técnico Graham Arnold deixou o zagueiro Trent Sainsburry, de 30 anos, seu genro, de fora dos convocados. O atleta tem 58 jogos com a camisa da seleção e seria um dos mais experientes do elenco. Entre os convocados os nomes de mais destaque são Aaron Mooy, do Celtic, da Escócia, e Jamie MacLaren, do Melbourne City.

Dinamarca

Contando com o talento de Christian Eriksen, a Dinamarca é uma das seleções para ficar de olho no mundo. Dona da melhor campanha nas eliminatórias europeias (27 pontos conquistados em 10 jogos – 9 vitórias e uma derrota), a equipe é favorita para avançar de fase. Esse também é o sexto mundial da “Dinamáquina”, que fez sucesso na Copa de 1986, quando conquistou três vitórias na primeira fase. O técnico Kasper Hjulmand manteve o elenco semifinalista da Eurocopa de 2021 e, curiosamente, só divulgou o nome de 21 atletas. Os outros cinco serão revelados até o dia 14 de novembro. O goleiro Kasper Schmeichel, do Nice, é um dos destaques dessa seleção ao lado do já citado Eriksen.

França

A atual campeã mundial chega para o Mundial do Catar com desfalques importantes no meio de campo: N’Golo Kanté e Paul Pogba se lesionaram e ficaram de fora da lista. O goleiro reserva Mike Maignan, do Milan, também ficou de fora por problemas físicos. No entanto, o ataque segue como o ponto forte da França. Karim Benzema, Kylian Mbappé, Antoine Griezmann, Christopher Nkunku, Ousmane Dembélé e Olivier Giroud prometem colocar a campeã nas oitavas de final. É uma das seleções favoritas para levantar o troféu.

Tunísia

Mais modesta da chave, a Tunísia vai para a sua sexta Copa do Mundo. Seu melhor desempenho foi na edição de 1978, na Argentina, quando terminou em terceiro na chave com Alemanha Ocidental, Polônia e México. Foi a primeira equipe africana a vencer um jogo de Copa do Mundo. O caminho de classificação para o Catar foi fácil: a seleção foi líder do Grupo B com 13 pontos (4 vitórias, um empate e uma derrota). O destaque fica para o meio-campista Aissa Laidouni, de 25 anos, que faz ótima temporada no Ferencvaros e é um dos pilares da seleção. Na frente, Msakni e Khazri são esperanças de gol.

Grupo E

Alemanha

Campeões mundiais em 2014, os alemães chegam ao Catar tentando se reerguer das campanhas ruins do último Mundial e da Eurocopa 2021. O novo técnico, Hansi Flick, tem comandado a transição de elenco dos mais experientes para talentos novos. O grande desfalque será Timo Werner, que se machucou seriamente e ficou de fora da lista final. Mesmo com os problemas, a Alemanha sempre entra como favorita para chegar às fases finais. Entre os destaques do time estão o goleiro Manuel Neuer e o volante Joshua Kimmich e o jovem Jamal Musiala, de 19 anos. A convocação de Flick também trouxe de volta Mario Götze, autor do gol do título no Brasil e que não era convocado desde 2017.

Costa Rica

Seleção que surpreendeu o mundo na Copa de 2014, a Costa Rica terá que repetir o feito do Grupo da Morte para surpreender nessa edição. Essa é a terceira vez consecutiva que o país joga o Mundial e a sexta participação na história. O caminho não foi fácil. Nas Eliminatórias foi a quarta colocada na competição da Concacaf e precisou passar pela repescagem – a vitória por 1 a 0 contra a Nova Zelândia garantiu a vaga no Catar. Jogadores conhecidos e que estavam na campanha heróica de 2014 estarão em campo. São os casos de Kaylor Navas e Bryan Ruiz. Joel Campbell chega se recuperando de lesão e não é garantia de 100%.

Espanha

“La Furia” é uma seleção incógnita no cenário mundial dos últimos anos. Depois do título mundial de 2010, foi eliminada na fase de grupos da Copa 2014, nas oitavas da Euro 2016 e novamente nas oitavas da Copa do Mundo de 2018. Na Euro do ano passado, os espanhóis ficaram na terceira colocação e tenta chegar no Catar com forças renovadas para um possível novo título. Sob o comando de Luís Enrique, Busquets é o único remanescente do título de 2010 e aposta nos novos nomes como Pedri, de apenas 19 anos, e Ferrán Torres, além de Morata e Ansu Fati.

Japão

Considerada a seleção asiática mais bem sucedida dos últimos anos, o Japão chega para sua sétima Copa do Mundo. Desde 1998, os japoneses disputaram todos os mundiais. Eles nunca passaram das oitavas de final. No Grupo da Morte, a possibilidade disso acontecer nesse ano é bem remota. Nas Eliminatórias, o Japão foi o segundo no Grupo B, atrás da Arábia Saudita, mas chega com bons nomes: Kamada e Furuhashi estão em boa fase em seus times e são esperanças de gol. Destaque no Arsenal, Takehiro Tomiyasu, do Arsenal, é o grande nome da defesa.

Grupo F

Bélgica

Carrasco do Brasil na Copa do Mundo de 2018 e terceiro lugar no torneio, a “ótima geração belga” tem a última chance de mostrar que é uma ótima geração de jogadores. O técnico Roberto Martínez pode não ter Lukaku em suas melhores condições por se recuperar de sucessivas lesões, mas ainda tem nomes de peso, como o melhor goleiro do mundo, Thibaut Courtois e um dos melhores meio-campistas, Kevin De Bruyne, do Manchester City. A seleção fez boa campanha nas Eliminatórias, sendo líder do Grupo E com 20 pontos (6 vitórias e dois empates).

Canadá

O Canadá voltou a se classificar para uma Copa do Mundo depois de 36 anos, com uma bela campanha nas Eliminatórias da Concacaf. A seleção de John Herdman foi líder do torneio com 28 pontos (8 vitórias, 4 empates e duas derrotas) e busca uma classificação inédita às oitavas de final. Entre os principais nomes do elenco está o volante Stephen Eustáquio, de 25 anos, que chegou a defender as seleções de base de Portugal, mas decidiu pelo Canadá para a principal; Alphonso Davies é um meia de sucesso no Bayern de Munique e o atacante Jonathan David, apenas de jovem, também é a esperança de gol.

Croácia

Favorita para avançar, a vice-campeã em 2018, chega mais uma vez tentando surpreender. A seleção de Zlatko Dalic terminou as Eliminatórias europeia como líder do Grupo H com 23 pontos (7 vitórias, dois empates e uma derrota). Essa é a sexta edição dos croatas na Copa do Mundo. O nome de destaque do elenco é Luka Modric, capitão e eleito melhor jogador do mundo em 2018 por causa do Mundial na Rússia. Perisic, Brozovic e Kovacic são outros que podem dar trabalho aos adversários.

Marrocos

A seleção do Marrocos é a mais discreta da chave. Está indo para a sua sexta Copa do Mundo e seu melhor desempenho foi em 1986, ficando em 11º lugar. Treinada por Walid Regragui, que assumiu recentemente, a seleção teve sua última glória em 2012 com o título da Copa das Nações Árabes. Se classificou com o primeiro lugar do Grupo I nas Eliminatórias africanas e, antes, na Copa Africana de Nações, caiu nas quartas de final para o Egito. Os principais destaques do Marrocos são Achraf Hakimi, de 24 anos, que atua no PSG, Hakim Zieych, do Chelsea, e Noussair Mazraoui, do Bayern de Munique.

Grupo G

Brasil

Maior campeã com cinco taças (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), a seleção brasileira chega ao Catar como uma das principais favoritas ao título. Apesar de ter sido derrotado para a Argentina na final da última Copa América, em pleno Maracanã, o Brasil chega embalado para a Copa do Mundo de 2022. Nas Eliminatórias Sul-Americanas, a equipe liderada por Tite obteve uma campanha praticamente perfeita, com 14 vitórias, 3 empates e nenhum revés – ao todo, a Canarinho chega ao torneio com 15 partidas de invencibilidade. Mais do que isso, a Amarelinha vem encantando com um futebol envolvente e objetivo. Além de ter nomes importantes no setor defensivo, como Alisson, Marquinhos e Éder Militão, o conjunto brasileiro também viu atacantes despontarem nos últimos anos. Com Vinicius Júnior, Raphinha, Lucas Paquetá, Antony, Rodrygo, Pedro e companhia, a seleção também passou a depender menos do craque Neymar nos momentos decisivos.

Camarões

Considerada a seleção mais fraca da chave, Camarões disputará a sua oitava Copa do Mundo novamente como azarão. Com apenas três vitórias nas últimas 10 partidas, os camaroneses chegam ao Catar com baixa expectativa. Terceiro colocado na última Copa Africana de Nações, realizada no começo deste ano, o time de Rigobert Song não vive bom momento e tentará surpreender em um grupo complicado. As principais esperanças da população camaronesa estão nas mãos do goleiro Onana, titular na Inter de Milão, e nos pés de Chuopo-Moting, que vive grande fase no Bayern de Munique.

Sérvia

Potência na época em que fazia parte da Iugoslávia, a Sérvia perdeu relevância em Copas do Mundo nas últimas edições. Além de amargar eliminações na fase de grupos em 2010 e 2018, os sérvios sequer se classificaram para o torneio em 2014. A perspectiva para edição do Catar, entretanto, é diferente. Nas Eliminatórias europeias, a seleção não precisou passar pela repescagem, terminando na primeira posição de seu grupo, à frente de Portugal. Mais do que os resultados expressivos, a equipe treinada por Dragan Stojkovic conta com jogadores de peso e que atuam nas principais ligas europeias. Além dos meio-campistas Gudelj (Sevilla) e Milinkovic-Savic (Lazio), o país europeu também coloca esperança nos atacantes Dusan Vlahovic (Juventus), Dusan Tadic (Ajax) e Aleksandar Mitrovic (Fulham).

Suíça

A seleção suíça participará da Copa do Mundo pela 12ª vez, sendo a quinta consecutiva. Já acostumado a participar do principal torneio do mundo, o país tenta repetir sua melhor campanha, quando avançou às quartas de final, em 1934, 1938 e 1954. Nas Eliminatórias para o Mundial do Catar, os suíços voltaram a ser “pedra no sapato” de uma gigante, ficando à frente da Itália no grupo – a “Azzurra” acabou sendo eliminada na repescagem. Já nos últimos três jogos da Liga das Nações, o time do técnico Murat Yakim colecionou três vitórias, sendo duas contra Portugal e Espanha. Os atletas de maior destaque permanecem sendo o goleiro Sommer, o meio-campista Grant Xhaka e o atacante Breel Embolo.

Grupo H

Coreia do Sul

Quarta colocada na Copa de 2002, quando sediou o torneio da Fifa, a seleção sul-coreana busca retomar o protagonismo após duas décadas. Nas últimas edições do Mundial, a Coreia do Sul avançou, no máximo, até as oitavas de final. Até mesmo dentro do continente asiático, os coreanos não vivem bom momento – na Copa da Ásia, disputada em 2019, a equipe caiu para o Catar nas quartas de final. Já nas Eliminatórias para o Mundial de 2022, a equipe do treinador português Paulo Bento se classificou sem sustos, mas ficou atrás da Arábia Saudita. O grande craque do time, sem dúvidas, é o atacante Heung-Min Son, destaque do Tottenham.

Gana

A seleção ganesa desembarca no Catar com o status de “patinho feio” do Grupo H. Apesar da excelente campanha em 2010, quando chegou às quartas de final na África do Sul, os africanos não vivem boa fase e terão que surpreender. Além de cair na fase de grupos da Copa Africana de Nações deste ano, Gana vem de resultados ruins em confrontos diante de adversários de outros continentes. Recentemente, por exemplo, a equipe foi superada por Brasil e Japão nos amistosos preparatórios para o Mundial. Em sua quarta participação na competição da Fifa, o país tem como estrelas o meio-campista Thomas Partey, do Arsenal, e o atacante Iñaki Williams, do Athletic Bilbao.

Portugal

Campeão da Eurocopa (2016) e da Liga das Nações (2018-19), Portugal tenta dar mais um passo e entrar no grupo de campeões mundiais. Para isto, a seleção portuguesa conta com sua melhor geração da história, com craques em praticamente todas as posições. Além do astro Cristiano Ronaldo, o treinador Fernando Santos pode usufruir do talento de Ruben Dias, João Cancelo, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, João Felix, Rafael Leão e outros jogadores de alto nível. O técnico, entretanto, vem sendo criticado por não conseguir extrair o máximo dos atletas. Na última Euro, por exemplo, os lusitanos caíram nas oitavas de final para a Bélgica. Já nas Eliminatórias para o Mundial do Catar, os portugueses só conseguiram a vaga na repescagem, com muito drama. Assim, a missão do comandante será encaixar o time durante o campeonato.

Uruguai

A “Celeste” vivenciou um ciclo conturbado para a Copa do Mundo de 2022. Além das campanhas frustrantes nas duas edições de Copa América (2019 e 2021), quando sequer avançou à semifinal, o Uruguai também oscilou durante as Eliminatórias. Fora da zona de classificação para o torneio do Catar até as últimas rodadas, a seleção uruguaia chegou a trocar de técnico, demitindo o lendário Óscar Tabárez. Para o lugar do experiente e icônico treinador, a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) chamou Diego Alonso, responsável por melhor a equipe. Ainda contando com os veteranos Luis Suárez, Edinson Cavani e Diego Godín, o país também deposita esperança nos jovens Federico Valverde e Darwin Núñez, além do flamenguista Giorgian De Arrascaeta. Bicampeã mundial (1930 e 1950), o Uruguai espera repetir, no mínimo, o quarto colocado de 2010, na África do Sul.

Favoritas

Brasil

Alguns fatores fazem com que a seleção brasileira chegue ao Catar com possibilidade real de conquistar a Copa do Mundo. O primeiro é o peso da camisa de cinco estrelas. Ainda isolado como maior campeão, o Brasil é o único que chega com chances de conquistar o hexacampeonato em 2022. O segundo motivo é a grande fase da Canarinho durante o ciclo para o Mundial. Em pouco mais de quatro anos, a Amarelinha entrou em campo 50 vezes e colecionou 37 vitórias, dez empates e apenas três derrotas – um aproveitamento de 80,6% dos pontos. No período, a equipe nacional venceu uma Copa América, foi vice em outra e terminou as Eliminatórias Sul-Americanas invicta. Por fim, o técnico Tite também tem à disposição um dos melhores elencos em termos técnicos. Dos 26 convocados, a maioria atua em grandes times da Europa e tem status de importância em seus respectivos times. Para melhorar, já não há uma dependência de Neymar, camisa 10 do PSG e da seleção. Com o amadurecimento de Vinicius Júnior, Rodrygo, Raphinha, Antony, Richarlison e outros atletas do setor ofensivo, o treinador ganhou mais opções para decidir partidas grandes.

Argentina

A Argentina participará da Copa do Catar de maneira diferente. Nos últimos Mundiais, a seleção sempre entrou em campo pressionada, carregando o fardo de não conquistar títulos importantes por um longo período. Ao vencer a Copa América de 2021, em pleno Maracanã, a “Albiceleste” encerrou a “fila” de 28 anos sem erguer um troféu e passou a jogar de mais leve. Prova disso foi a atuação exuberante diante da Itália, na Finalíssima deste ano. Ainda contando com Lionel Messi em alto nível, os argentinos também contam com outros nomes importantes, como o zagueiro Romero, o volante De Paul, o meia Ángel Di María e o atacante Lautaro Martínez. Mais do que isso, os “hermanos” passaram a ter um sistema sólido e se transformaram em um time que dificilmente é batido. Prova disso é que a Argentina vai ao país do Oriente Médio ostentando 35 jogos de invencibilidade, uma das maiores séries da história.

França

A seleção francesa, é verdade, não vive um grande momento. Além de cair precocemente na Eurocopa e na Liga das Nações, os “Blues” perderam os volantes N’Golo Kanté e Paul Pogba por problemas físicos. A França, por outro lado, é a atual campeã mundial, conquistou uma Nations League neste ciclo e tem um ataque turbinado. Fora Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Olivier Giroud, trio titular no Mundial da Rússia, os franceses contam com o retorno de Karim Benzema – atual ganhador da Bola de Ouro, o centroavante do Real Madrid desfalcou o país por sete anos devido a um problema com o ex-companheiro Mathieu Valbuena.

Alemanha

Tetracampeã mundial, a Alemanha sempre disputa a Copa do Mundo como uma das favoritas e merece ser respeitada. Orientada pelo bom técnico Hansi Flick, multicampeão no Bayern de Munique, a seleção se destaca pelas boas opções no gol, como Manuel Neuer e Ter Stegen. Do meio-campo ao ataque, os germânicos também possuem excelentes alternativas, como Joshua Kimmich, Ilkay Gundogan, Serge Gnabry, Kai Havertz, Thomas Muller, Jamal Musiala e Leroy Sané.

Inglaterra

Campeão mundial em 1966, a Inglaterra tenta retomar ao topo do futebol após mais de cinco décadas. Para isto, o técnico Gareth Southgate conta com uma ótima geração, encabeçada por Harry Kane, Phil Foden, Raheem Sterling, Mason Mount, entre outros. O ciclo para o Mundial do Cata foi frustrante, com um vice-campeonato na Eurocopa, diante da Itália, em Wembley. Os jogadores, por outro lado, esperam se redimir em grande estilo.

Portugal

A seleção portuguesa talvez seja uma das mais talentosas entre as 32 participantes desta Copa do Mundo. Além do faro de gol de Cristiano Ronaldo, o país ibérico conta com a habilidade de Bernardo Silva, a visão de jogo de Bruno Fernandes, a polivalência de João Cancelo e a explosão de Rafael Leão. Campeã da Eurocopa (2016) e da Liga das Nações (2018-19), Portugal também passou a se acostumar com títulos e não pode ser descartado como uma das potências.

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