La Niña começa a dar sinais, e safra 22/23 sente efeito 

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta semana a estimativa de produção de grãos no Brasil. O órgão ainda projeta uma safra recorde, de 312 milhões de toneladas, mas abaixo das 313 milhões de toneladas estimadas no mês passado. Um dos motivos que explica essa queda é a expectativa de menor produtividade do milho primeira safra, que deve recuar quase 1 milhão de toneladas em comparação com o mês anterior, alcançando cerca de 27 milhões de toneladas, por conta de problemas climáticos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a diminuição das chuvas e altas temperaturas registradas em novembro afetaram as lavouras de milho. Essa condição climática pode ser explicada pelo La Niña, que deve ocorrer pelo terceiro ano seguido.

Nesta semana, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos revelou que o fenômeno deve continuar no verão do hemisfério sul e de fevereiro a abril. Há 70% de chance de uma transição para a neutralidade climática ocorrer. Vale lembrar que o fenômeno La Niña geralmente aumenta o volume de chuvas nas regiões Norte e Nordeste e reduz em áreas do Sul e Centro-Sul do Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ressalta que dezembro será marcado por chuvas abaixo da média no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o que é um sinal de alerta aos agricultores. Por enquanto, vamos acompanhar o mês de dezembro. Se chuvas regulares ocorrerem, a condição da safra deve responder positivamente.

Jovem Pan

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