Abalada pelos impactos da pandemia da Covid-19, a China teve a previsão de crescimento do Banco Mundial para 2022 reduzida. Dos 4,3% projetados em junho, o país passou para 2,7%, segundo um anúncio feito pela instituição internacional na última terça-feira, 20. Já para o ano de 2023, a expectativa sobre o gigante asiático passou de 5,2% para 4,3%, abaixo da meta do governo, que queria aumentar o PIB em 5,5% no próximo ano.
A notícia vem após a China abandonar a política “Covid zero”, que deixou diversas áreas do país confinadas por quase três anos, além de realizar testagens em larga escala e restringir viagens dos cidadãos. Para o Departamento de Estado dos Estados Unidos, o aumento de casos na China é uma situação de relevância mundial, principalmente pelo impacto gerado no PIB chinês.
Enquanto Pequim tenta estimular o crescimento econômico cortando taxas de juros e injetando dinheiro no sistema bancário, a preocupação com a pandemia voltou a ser um problema para o governo chinês. Desde o relaxamento das regras sanitárias, o número de casos de Covid-19 voltou a disparar no país, e algumas restrições precisaram ser retomadas pelas autoridades.
Crematórios chegaram a registrar filas na capital chinesa, onde, segundo dados oficiais, cinco pessoas morreram pela doença nesta terça. As autoridades informam que apenas as mortes causadas por insuficiência respiratória provocada pelo coronavírus entrarão nas estatísticas. A situação fez o contingente médico ser reforçado na capital chinesa, com funcionários e equipamentos de outras regiões.
Em diversas áreas do país, equipes médicas batem de porta em porta para garantir a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos, considerados os mais vulneráveis. Desde o início da pandemia, em 2020, mais 5,3 mil pessoas morreram na China por causa da Covid-19. Agora, o país de quase 1,5 bilhão de habitantes.
*Com informações do repórter Fabrizio Neitzke – Jovem Pan