Você sabia que o Brasil é referência global no cultivo sustentável da palma de óleo?

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A maior produção de óleo de palma da América Latina está no Norte do Brasil e a responsável por essa importante conquista é a Brasil BioFuels, a BBF. A empresa brasileira fundada em 2008 atua no agronegócio desde o cultivo da planta, passando pela produção de biocombustíveis e chegando na geração de energia renovável para a população amazônica — energia esta que, além de 100% limpa, também é mais acessível. E você, já conhecia a palma de óleo? Como ela é cultivada, os benefícios do seu óleo e as suas finalidades? Confira abaixo algumas curiosidades e saiba mais sobre a importância dela para o Brasil e para o mundo.

Seu nome popular é dendezeiro

A palma de óleo é uma das dezenas de espécies de palmeiras existentes nas regiões tropicais do planeta. Segundo a Abrapalma (Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma), a “palma de óleo” é o termo usado no meio técnico — e o mais utilizado mundialmente — para se referir a essa planta. A expressão “dendezeiro” fica restrita ao uso popular no Brasil. O nome tem a ver com o seu fruto, o dendê, e seu óleo: para além de ser chamado de óleo de palma, é o famoso azeite de dendê. Outra curiosidade se dá pelo fato de que se trata do óleo mais consumido pela humanidade.

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Sua origem é africana

A provável origem da palma de óleo é o Golfo da Guiné, na África. Ela atravessou o oceano trazida pelos escravos e, no Brasil, encontrou espaço para crescer primeiramente no Rio de Janeiro e na Bahia. Mas, atualmente, é na Amazônia que tem sua maior produção — a combinação do clima com o solo faz da região o local ideal para o desenvolvimento da palma de óleo em larga escala.

O movimento mais importante para o cultivo sustentável da palma de óleo no país aconteceu em 2010. Em maio daquele ano, o governo federal publicou o decreto 7.172 com o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo, que definiu áreas preferenciais e regulares para o cultivo com o objetivo de recuperar áreas degradadas da floresta até dezembro de 2007, identificando mais de 31 milhões de hectares aptos na região amazônica, num estudo robusto conduzido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A partir disso, em 2008, a BBF iniciou o cultivo sustentável da oleaginosa. Atualmente, a Companhia possui mais de 68 mil hectares no total, sendo 8,3 mil em São João da Baliza, em Roraima, e 60,4 mil no Pará, em quatro polos de produção agrícola, localizados nos municípios de Acará, Concórdia, Moju e Tomé-Açu, adquiridos por meio da aquisição da Biopalma da Amazônia, anteriormente controlada pela Vale, em novembro de 2020.

Sua alta eficiência na produção de óleo vegetal

A palma de óleo é uma oleaginosa altamente eficiente para produção de óleo vegetal. Enquanto a soja rende 0,4 tonelada de óleo por hectare/ano, a palma de óleo rende 4 toneladas de óleo por hectare/ano, segundo dados apresentados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU). É uma cultura perene e robusta, com ciclo de vida produtivo superior a 35 anos.

Sua importância na transição energética do Brasil

A palma de óleo é fundamental para a transição energética do Brasil, especialmente na produção de biocombustíveis utilizados para geração de energia elétrica limpa para comunidades isoladas da Amazônia. A BBF atua de forma integrada em todo o ciclo produtivo: no plantio, manejo, processamento e comercialização. Produz anualmente cerca de 200 mil toneladas de óleo de palma, processadas em usinas extratoras próprias, em Roraima e no Pará, sendo a maior parte do óleo destinado à produção de biodiesel e biocombustíveis.

A partir do óleo de palma, a empresa produz mais de 64 milhões de litros de biodiesel em sua usina localizada em Ji-Paraná, no Estado de Rondônia — um biocombustível renovável, que não contém enxofre, não emite substâncias cancerígenas e diminui, de forma significativa, a emissão de carbono, quando comparado ao diesel fóssil. Com o biodiesel já produzido em Rondônia, a BBF segue sua rota logística para abastecer suas 25 usinas termelétricas em operação na região Norte e assim gerar energia elétrica limpa e renovável para mais de 140 mil clientes que residem em localidades isoladas na Amazônia.

Seu cultivo gera milhares de empregos e desenvolvimento socioeconômico na região Norte

O plantio e a colheita da palma de óleo não podem ser mecanizados, o que gera milhares de empregos e fixa o homem no campo. A BBF gera mais de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, nos cinco estados da região Norte onde atua. Além disso, por meio do Programa de Agricultura Familiar, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a BBF incentiva mais de 400 famílias nas comunidades dos municípios de Tomé Açu e Acará, no Estado do Pará. Entre outras ações, a empresa fornece mudas, assistência técnica, auxílio para crédito bancário, estímulos à melhoria contínua e garantia de compra dos frutos a preços competitivos do mercado.

A empresa promove ainda diversas benfeitorias nas comunidades onde atua, com investimentos em infraestrutura e assistência contínua, como construção de pontes, manutenção de estradas vicinais, palestras em escolas, ações de preservação ambiental e assistência técnica em fitossanidade, entre outros.

Seu plantio contribui para o bioma da floresta amazônica

Com os mais de 68 mil hectares de palma de óleo cultivados de forma sustentável na região amazônica, a BBF captura mais de 421 mil toneladas de carbono atualmente. Além disso, o cultivo da palma de óleo contribui para a recomposição da cobertura do solo e dos ciclos biogeoquímico e hidrológico da floresta. Outro dado interessante é a retirada de mais de 106 milhões de litros de diesel fóssil por ano da Amazônia, uma vez que a energia elétrica gerada pela empresa é produzida a partir de biocombustíveis de óleo de palma — que é totalmente natural — em substituição ao diesel fóssil.

Com isso, a palma de óleo ainda apresenta um balanço positivo em termos de emissões de carbono. É um auxílio direto ao bioma amazônico, pois, ao contrário dos combustíveis fósseis, a queima de biocombustível feito a partir do óleo de palma não eleva o nível de dióxido de carbono na atmosfera. Esse balanço positivo se dá entre o que se emite com o uso desse combustível e o dióxido de carbono capturado no processo de fotossíntese. Há também uma maior liberação de oxigênio na atmosfera. Ou seja: seu plantio contribui para mitigar os problemas relacionados às mudanças climáticas na maior floresta do mundo.

No Brasil, sua cultura é sustentável e posiciona o país como referência global

O Brasil se destaca como exemplo no cultivo sustentável da palma de óleo — na contramão do que acontece em outros países. Cerca de 3,5 milhões de hectares de florestas nativas na Indonésia, Malásia e Papua-Nova Guiné foram desmatados e convertidos para o plantio da palma de óleo entre 1990 e 2010, de acordo com avaliações da Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável (RSPO, na sigla em inglês). A Malásia e a Indonésia, por possuírem clima favorável, são os maiores cultivadores de palma de óleo do mundo. Os países, que antes abrigavam espécies protegidas e grande biodiversidade, sacrificaram suas florestas para converter em plantações por conta da alta renda adquirida com a exportação do produto, visto a alta de preços nas commodities.

No Brasil, o cenário é completamente diferente, posicionando o país como referência global no cultivo sustentável. O governo federal possui, desde 2010, o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo no Brasil. A iniciativa proíbe a derrubada de floresta para esse fim e determina que o cultivo seja feito apenas em áreas previamente aprovadas e demarcadas para o seu cultivo, que já tenham sido desmatadas até dezembro de 2007, seguindo o Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo. Ou seja: além de inibir novos desmatamentos, a medida encontrou uma solução para não cometer os erros passados em outros países. O objetivo é que o equilíbrio ecológico seja reestabelecido nessas áreas.

A BBF, além de ser pioneira nos estudos e aplicações do cultivo sustentável da palma de óleo no país, atua com monitoramento contínuo do entorno das suas áreas de operação e segue com rigor os indicadores estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, o Conama.

Sua finalidade em diversos setores de mercado

O óleo de palma é o óleo vegetal mais consumido do mundo e utilizado globalmente na produção de produtos alimentícios, cosméticos e de higiene. Trata-se de um óleo comestível, extraído da polpa dos frutos que crescem nos cachos das palmeiras. De acordo com dados da Abrapalma, cerca de 72% da produção é destinada para a indústria alimentícia, para servir de matéria-prima para produtos de largo consumo — como margarinas, cremes, sorvetes, biscoitos, chocolates, recheios e óleo de cozinha. É ainda muito indicado para frituras, porque mantém suas propriedades mesmo em altas temperaturas, e já contém conservantes naturais, que aumentam a vida útil dos produtos.

O óleo de palma é a principal matéria-prima para o desenvolvimento de inéditos biocombustíveis no Brasil. A BBF está construindo, na Zona Franca de Manaus, a primeira biorrefinaria do país para produção do Diesel Verde (HVO) e Combustível Sustentável de Aviação (SAF), que entrará em operação a partir de 2025. Os inéditos biocombustíveis produzidos a partir do óleo de palma são 100% renováveis e não necessitam de qualquer tipo de mistura com combustíveis de origem fóssil ou qualquer adaptação nos motores dos veículos. Serão produzidos mais de 500 milhões de litros por ano dos novos biocombustíveis, e a BBF investirá cerca de R$ 2,2 bilhões na construção da primeira biorrefinaria do país.

O cultivo sustentável da palma de óleo destinado para produção dos inéditos biocombustíveis acontecerá em Roraima. A Companhia tem como objetivo plantar adicionalmente mais de 100 mil hectares de palma de óleo até 2025, gerando mais de 12 mil empregos na região e contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico do Estado. A BBF comprova que é possível unir desenvolvimento socioeconômico, geração de renda e preservação ambiental, atuando num modelo de negócio integrado e verticalizado: desde o cultivo sustentável da palma de óleo, trading, produção de biocombustíveis e geração de energia elétrica renovável.

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