Em mais uma etapa do Movimento Nacional pela Vacinação, o Ministério da Saúde alerta para a importância da proteção contra a Influenza, principalmente para pessoas com maior risco para casos graves e mortes. Mais de 80 milhões de brasileiros fazem parte do grupo prioritário e devem procurar os serviços de saúde em todo Brasil para receber a dose trivalente, que protege contra as principais cepas do vírus. A mobilização nacional busca retomar as altas coberturas vacinais que sofreram queda nos últimos anos. Em 2022, apenas 68% do público alvo foi imunizado contra a gripe. Para reverter esse cenário, a meta é vacinar 90% do grupo prioritário em 2023.
Com o conceito “Vacina é vida. Vacina é para todos”, a campanha publicitária que começa a partir desta terça-feira (11) terá como protagonista a atriz Nívea Maria e será veiculada, nacionalmente, em TV aberta, TV fechada e redes sociais, lugares de grande circulação de pessoas, rádio e internet.
Em 2019 e 2020, a cobertura vacinal contra a gripe atingiu 91% e 95%, respectivamente. Já em 2021, a queda no índice de vacinação refletiu em apenas 72% do público alvo vacinado. No ano passado, a queda foi ainda maior e a cobertura vacinal atingiu apenas 68%. Já o número de mortes pela doença aumentou 78% nos últimos dois anos. Em 2021, 901 pessoas perderam a vida para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pela Influenza e em 2022, o número de mortes registradas foi de 1.612.
O aumento de casos de Influenza registrados nos últimos anos também reforça a importância da vacinação para evitar casos graves e mortes, principalmente em quem tem maior risco. Em 2021, 7,2 mil casos foram registrados e em 2022, esse número saltou para 12.169. Em 2023, 1,3 mil casos da doença já foram confirmados com 87 óbitos.
O Ministério da Saúde vai distribuir 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, de forma escalonada de acordo com o avanço da campanha. A formulação da vacina é anualmente atualizada para que a dose seja efetiva na proteção contra as cepas do vírus que circularam no ano anterior. O imunizante contra a Influenza pode ser aplicado com qualquer vacina do Programa Nacional de Imunizações, inclusive com as da Covid-19. Neste ano, a recomendação da pasta para estados e municípios é que a vacinação seja feita em uma só etapa, abrangendo todos os grupos prioritários.
Confira quais são os grupos prioritários da vacinação contra gripe:
Idosos com 60 anos e mais
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
Gestantes e puérperas
Povos indígenas
Trabalhadores da saúde
Professores das escolas públicas e privadas
Pessoas com comorbidades
Pessoas com deficiência permanente
Forças de segurança e salvamento
Forças armadas
Caminhoneiros
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso
Trabalhadores portuários
Funcionários do sistema prisional
Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
População privada de liberdade
Crianças
Todas as crianças que receberam pelo menos uma dose da vacina influenza em anos anteriores, devem receber apenas uma dose em 2023. Para a população indígena e pessoas com comorbidades, a vacina está indicada para as crianças de 6 meses a menores de 9 anos de idade. Deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças de 6 meses a menores de 9 anos de idade, que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose.
Também é importante ressaltar que a gripe é uma doença que possui tratamento específico para grupos elegíveis, com o medicamento fosfato de oseltamivir, disponível no Sistema Único de Saúde.
Ministério da Saúde