Um estudo realizado pelo Ministério da Agricultura revelou que, daqui a dez anos, a produção de grãos vai saltar 24%, saindo de cerca de 314 milhões para 390 milhões de toneladas. Esse aumento da produção agrícola deverá ocorrer tanto pelo avanço da agricultura em áreas de pastagens extensivas, ocupada por grandes territórios, como também pelo uso da tecnologia no campo, sem pressão adicional por aumento de novas áreas. O carro-chefe do Brasil seguirá sendo a soja, com uma produção que sairá de 154,8 milhões para 186,7 milhões de toneladas em 2033, aumento de 20,6% na produção. Milho e algodão também deverão ter destaque, com aumento de 27,4% e 24%. No caso da soja e do milho, a produção de biodiesel e de etanol de milho deverá aumentar a demanda por estes grãos.
Do outro lado da balança, estão itens como arroz e feijão, que devem ter redução de produção em 2033. Segundo o Ministério da Agricultura, há expectativa de que áreas de importantes regiões produtoras de arroz sejam substituídas pela soja. Para o arroz, há uma perspectiva de queda de 2% na produção, com possibilidade, inclusive, de importação do produto. No feijão, a expectativa é de uma queda de 5% na produção, com safra estimada em 2,9 milhões de toneladas. Já no setor de carnes, mais crescimento: a produção deverá aumentar 22,4%. A carne de frango é a que tem maior potencial, segundo esse estudo. A perspectiva é de aumento da produção em 28%, enquanto a produção de carne suína tem projeção de alta de 23%, e a bovina, de 12,4%. Na soja, seremos responsáveis por 60% das exportações mundiais. No milho, 30%. E no mercado de carne bovina, 28% de tudo que for comprado no mundo virá do Brasil. Isso será feito com pesquisa, mais tecnologia, eficiência para continuar na posição de grandes produtores e exportadores de comida.
Jovem Pan