O mercado do boi gordo continua enfrentando desafios significativos, com os preços em queda.
De acordo com dados da Safras & Mercado, os frigoríficos ainda mantêm uma margem confortável em suas programações de abate, o que lhes permite explorar níveis de preços ainda mais baixos no curto prazo.
Um aspecto preocupante é o alto volume de carne armazenada nas câmaras frias.
A lentidão no escoamento dos produtos contribui para essa situação.
No entanto, espera-se que a primeira metade deste mês possa trazer mudanças nessa dinâmica, criando uma oportunidade para equilibrar a oferta e a demanda.
Além disso, a queda nos preços da carne bovina nos mercados internacionais exerce uma pressão significativa, especialmente vinda dos frigoríficos voltados para a exportação, de acordo com as observações do analista Fernando Henrique Iglesias.
Em São Paulo, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 196. Enquanto em Goiânia, o preço foi indicado em R$ 192 por arroba.
Em Uberaba, a arroba alcançou R$ 203, enquanto em Dourados foi cotada a R$ 198.
Na região de Cuiabá, o preço da arroba foi registrado em R$ 182.
Cenário atacadista
O mercado atacadista está mostrando uma estabilização nos preços.
Entretanto, de acordo com Iglesias, é possível que haja alguma recuperação nos preços da carne ao longo da primeira quinzena do mês, período que tipicamente apresenta maior demanda por consumo.
No entanto, é improvável que essa recuperação ocorra de maneira acentuada.
Iglesias também aponta que a carne de frango permanece como uma opção mais competitiva em relação às proteínas concorrentes, especialmente quando comparada à carne bovina.
Quanto aos cortes de carne, o quarto traseiro mantém uma cotação de R$ 15,50 por quilo, enquanto o quarto dianteiro é negociado a R$ 12,20 por quilo. A ponta de agulha continua mantendo seu valor em torno de R$ 12,15 por quilo.
Canal Rural