O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), realizará ações voltadas para a comunidade surda, por meio do evento “Setembro Azul: Surdo pela equidade linguística”. A iniciativa tem o objetivo de promover a valorização da língua, identidade e cultura surda, bem como gerar um espaço de discussão para o fortalecimento de programas e ações a serem desenvolvidos para a comunidade surda. O encontro ocorrerá de 26 a 28 de setembro.
As ações do Setembro Azul no MEC são organizadas pela Diretoria de Políticas de Educação de Surdos, da Secadi, e visam proporcionar para as secretarias, diretorias, instituições educacionais e a sociedade civil um conhecimento sobre a importância da equidade linguística e social, bem como da Educação Bilíngue de Surdos como modalidade de ensino.
O público-alvo do evento são pessoas surdas, surdocegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou surdos com outras deficiências associadas sinalizantes; pessoas com deficiência; além de representantes do governo, políticos, familiares, professores e profissionais da educação.
Setembro Azul – A iniciativa, também conhecida como Setembro Surdo, é uma campanha anual, realizada sempre no mês de setembro, para trazer visibilidade à comunidade surda, bem como difundir sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras), da Educação Bilíngue de Surdos e dos direitos como pessoas cidadãs surdas. A campanha também visa à conscientização da diferença linguística, identitária e cultural.
A escolha do mês de setembro se dá devido a importantes acontecimentos que envolvem a comunidade surda, como o Dia Internacional das Línguas de Sinais, celebrado em 23 de setembro – data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), comemorando a criação da Federação Mundial dos Surdos; e o Dia Nacional do Surdo, em 26 de setembro, instituído pela Lei nº 11.796/2008. A data coincide, também, com o dia de fundação da primeira escola de surdo, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Além disso, o Congresso de Milão, que proibiu mundialmente o uso da língua de sinais na educação de surdos, ocorreu de 6 a 11 de setembro de 1880.
Já a escolha da cor azul é baseada nas cores oficiais da Federação Mundial de Surdos (World Federation of the Deaf – WFD) e simboliza a contínua luta dos surdos contra a opressão e contra as tentativas de abolir as línguas de sinais.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi