O plantio da safra de soja vai começar em 4 meses e ainda há muitos negócios a serem fechados para sementes, defensivos e alguns fertilizantes usados nas lavouras brasileiras. A busca por custos de produção menores ajuda a explicar porque agricultores têm atrasado a decisão de compras. Um levantamento feito pela consultoria Agrinvest Commodities mostrou que até a última semana, 53% das compras de sementes no Brasil haviam sido feitas, abaixo do mesmo período do ano passado e das safras 21/22 e 22/23.
No mercado de defensivos também há lentidão, mas a comercialização está um pouco mais parecida com o ano passado. Até o momento 35% das compras foram feitas, contra 38% na mesma época de 2023. Para fertilizantes, o atraso tem sido observado especialmente para o fósforo. As negociações de cloreto de potássio estão mais adiantadas e puxaram o percentual geral de compras para cima.
Até o dia 24 de maio, 62% das compras haviam sido feitas, contra 57% no mesmo período do ano passado. A consultoria prevê melhoria no ritmo dos negócios caso os preços da soja continuem firmes ou subam mais. A commodity registrou ganhos de aproximadamente R$ 10 por saca em regiões de Mato Grosso e Paraná neste mês de maio. Uma reação do mercado, entre outros fatores, às perdas de safra causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Algumas multinacionais de fertilizantes como a Mosaic estão alertando clientes para o atraso na compra especialmente dos adubos fosfatados, com metade do volume comercializado até o momento. Segundo a empresa, a maior preocupação está nas regiões de MG, GO, MT e MATOPIPA, pela maior complexidade logística.
A Mosaic participa no Brasil com o fornecimento de um total de 10,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, cerca de 20% do consumo nacional. Agricultores estão coletando informações com consultorias, indústria, tradings e fazendo contas para tentar obter melhores oportunidades de compra.
Jovem Pan