Três dicas para aproveitar as férias e aperfeiçoar a escrita para o Enem

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Nas férias escolares, tão aguardadas por estudantes em todo o país, surge como uma oportunidade valiosa para aprimorar a escrita para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Isso porque este período não apenas permite momentos de descanso e lazer, mas também oferece espaço para desenvolver habilidades essenciais na produção textual. A seguir, veja algumas dicas!

1. Ampliando o repertório cultural

Segundo Sabrina de Alencar, auxiliar pedagógica da plataforma Redação Nota 1000, esse período é ótimo, por exemplo, para aqueles que não conseguiram ampliar o seu repertório. “As férias podem ser uma grande oportunidade para o estudante se inteirar dos assuntos. Para isso, basta consultar os jornais mais renomados”, sugere.

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Também vale ler outros tipos de textos. “Além disso, é interessante embarcar em leituras ou consumir materiais produzidos por autores conceituados nas áreas do conhecimento, como Byung Chul-Han, Ailton Krenak, Silvio de Almeida, Lilia Schwarcz e outros que possam contribuir para a capacidade de análise crítica do candidato”, acrescenta.  

Sabrina Alencar explica que a nota máxima de avaliação na Competência II, que leva em conta o desenvolvimento do tema com uma boa argumentação, uso de repertório sociocultural e domínio da estrutura da dissertação argumentativa, só pode ser alcançada se houver presença de repertório externo, articulado ao tema e ao argumento do texto de forma produtiva.

Dessa maneira, é obrigatório incluir uma referência que não está na coletânea, contribuindo para a defesa do seu ponto de vista sobre o tema. Sem isso, segundo ela, a sua redação ficará limitada a 120 pontos nesta competência.   

2. Temas relevantes para praticar a redação

Uma ótima referência de temas para o Enem são justamente os assuntos cobrados nas provas aplicadas em anos anteriores, pois delineiam o perfil de proposta que a banca costuma exigir. Se o candidato já trabalhou essas propostas, uma possibilidade é buscar temas que coloquem em evidência algum problema social, principalmente se for algo com alta repercussão na mídia. Assuntos como mudanças climáticas e a regulamentação do uso de Inteligência Artificial são exemplos.

“Recomendo analisar as redações produzidas até aqui e identificar em qual competência o candidato ainda apresenta dificuldades para alcançar uma boa nota. Com base nessa análise, vale a pena revisar materiais de estudo para aprimorar os pontos necessários e treinar produções textuais que enfoquem a superação dessa fragilidade, seja ela na argumentação, na articulação de repertório externo, no emprego de conectivos, no atendimento às regras da norma padrão da Língua Portuguesa”, comenta Sabrina de Alencar. 

3. Descanso durante as férias

Descansar é crucial para repor as energias gastas no período de estudo intenso e dedicado ao vestibular e, principalmente, para cuidar da saúde mental e física. No dia a dia, é comum que alguns pilares importantes fiquem de lado: o cuidado consigo, o lazer com pessoas amadas e o tempo para relaxar.

“Cultivar esses pilares é relevante não somente para o seu bem-estar, mas também para evitar problemas de saúde e psicológicos, que podem, inclusive, prejudicar no vestibular. A prova do Enem é extremamente exaustiva, e não dá para realizá-la com tranquilidade se o estudante estiver se sentindo esgotado”, afirma a especialista.

Ela sugere um cronograma flexível para as férias para que o estudante consiga dar mais prioridade ao descanso e ao lazer. “O tempo de sono e de relaxamento deve ser suficiente; logo, os estudos devem acontecer somente nos dias em que você se sentir descansado o bastante, sem se forçar a ser produtivo. Fora isso, aproveite para inovar nas estratégias de estudos, a fim de não se isolar das pessoas queridas e de que esses momentos também sejam agradáveis”, diz a especialista.

Até o lazer pode contribuir no futuro para a produção da sua redação. “Assistir a filmes aclamados pela crítica (que podem se tornar um ótimo repertório na redação) é uma forma de estudo divertida e que não precisa ser feita sozinha”, conclui a auxiliar pedagógica da Redação Nota Mil.

Por Julia Vitorazzo – Jovem Pan