O índice de preços ao consumidor (IPC) na Argentina chegou a 271,5% em 12 meses na medição feita em junho, informou nesta sexta-feira (12) o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). No sexto mês do ano, os preços ao consumidor aumentaram 4,6%, ficando levemente acima do percentual registrado em maio, que foi de 4,2%. De acordo com o relatório oficial, a inflação acumulada na Argentina apenas no primeiro semestre foi de 79,8%. Os preços ao consumidor na Argentina em 2023 aumentaram 211,4%, a taxa mais alta desde a hiperinflação de 1989-1990. No ano anterior, a inflação foi de 94,8%. As previsões de analistas privados mais recentes coletadas pelo Banco Central argentino apontam para uma inflação de 138,1% para o conjunto de 2024, com taxas mensais acima de 4,4% até o final do ano.
Entre os aumentos registrados em junho, os mais expressivos foram nos setores de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (14,3%); restaurantes e hotéis (6,3%) e educação (5,7%). Os preços de alimentos e bebidas não alcoólicas subiram 3% em relação a maio e acumulam alta de 285,1% em 12 meses. “A inflação dos alimentos despencou”, disse nesta sexta-feira Javier Lanari, vice-secretário de imprensa do governo do presidente Javier Milei, além de ressaltar que esse é “o item que mais afeta os setores vulneráveis”.
Jovem Pan