Apesar da resposta rápida contra o coronavírus, cientistas alertam que o risco de novas pandemias é real. Após a crise de coronavírus que atingiu o mundo em 2020, o temor por uma nova pandemia semelhante à Covid-19 ainda persiste. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica 30 vírus ou bactérias que podem desencadear uma nova preocupação mundial, o dobro do que os relatórios anteriores. Em entrevista a Jovem Pan, o infectologista Renato Kfouri afirma que o mundo globalizado contribui para esse aumento. Os deslocamentos populacionais, o encurtamento das distâncias e as mudanças climáticas colocam o planeta sob risco de diversas doenças. Doenças clássicas de zonas tropicais, como a dengue, já são vistas na Europa e nos Estados Unidos, onde a chikungunya se espalha em novas regiões. A lista da OMS foi desenvolvida por 200 cientistas de 50 países, que estudaram mais de 1600 vírus e bactérias para realizar a classificação de acordo com o potencial pandêmico.
As 10 primeiras doenças da lista são febre de Lassa, febre hemorrágica argentina, cólera, praga, shigelose, salmonela, pneumonias, vírus respiratório do Oriente Médio, síndrome respiratória aguda grave e ebola. Doenças conhecidas pelos brasileiros, como zika vírus, dengue, febre amarela, monkeypox e chikungunya, também estão na lista. O infectologista destaca que os governos devem trabalhar em conjunto no futuro para evitar a repetição das desigualdades observadas durante a pandemia de Covid-19, quando faltaram vacinas e investimentos em diferentes áreas. O especialista lembra que muitas doenças foram eliminadas do território brasileiro com a vacinação e alerta para a importância dos imunizantes. A vacinação é uma ferramenta crucial na prevenção de surtos e na proteção da saúde pública. Portanto, é essencial que os governos invistam em campanhas de vacinação para enfrentar possíveis novas pandemias.
Jovem Pan