Um estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz revela um aumento alarmante na taxa de suicídio entre adolescentes, que cresceu de maneira mais acentuada em comparação com outras idades. Entre os anos de 2000 e 2022, a taxa de suicídio entre jovens de 10 a 29 anos subiu 131,39%, enquanto entre adultos com 30 anos ou mais, o aumento foi de 41,61%. Em média, o suicídio correspondeu a 4,02% das mortes nessa faixa etária. Historicamente, as taxas de suicídio entre adolescentes eram inferiores às de jovens adultos, mas essa diferença tem diminuído. Em 2022, a probabilidade de um adolescente cometer suicídio era 21% maior do que a de um jovem adulto. Essa mudança de cenário é preocupante e reflete uma crise que afeta a saúde mental dos jovens, influenciada por fatores como a instabilidade econômica, a crise climática e a incerteza sobre o futuro.
O relatório enfatiza que o suicídio deve ser tratado como uma questão de saúde pública prioritária, especialmente no que diz respeito à população jovem. A saúde mental dos adolescentes precisa ser uma preocupação central nas políticas públicas, considerando o impacto significativo que esses fatores têm na vida dos jovens. Diante desse cenário, os pesquisadores sugerem que o Ministério da Saúde implemente políticas específicas voltadas para a saúde mental dos adolescentes. A criação de programas e iniciativas que abordem essa questão pode ser fundamental para reverter essa tendência alarmante e oferecer suporte adequado a essa faixa etária vulnerável.
Jovem Pan