BYD Shark enfrenta polêmica sobre sua capacidade de carga

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Nem chegou direito ao mercado brasileiro e a BYD Shark já enfrenta uma polêmica sobre sua capacidade de carga. O que acontece é que ela é uma caminhonete média, mas que tem capacidade máxima de carga de 790 kg, valor próximo ao da Fiat Strada com cabine estendida. Um dos pontos tem haver com a legislação brasileira.

O que acontece é que o peso em ordem de marcha da Shark é de 2.710 kg e se os 790 kg da caçamba forem adicionados, o modelo tem o peso bruto total de 3.500 kg. Esta é a principal questão levantada na Lei 9.503 do Código de Trânsito Brasileiro, o CTB, criada em 23 de setembro de 1997. O artigo 143 diz isso sobre a categoria B, a qual a Shark está inserida.

“Condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o motorista“. Ou seja, qualquer motorista que tenha categoria B pode comprar sua BYD Shark e lotar a caminhonete até sua capacidade máxima que não terá problemas com a fiscalização.

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Essa história pode mudar

Por sua vez, a Shark também se difere de suas rivais diretas como Ford Ranger e Toyota Hilux por não poder ser abastecida com diesel. Os modelos já consolidados podem transportar até uma tonelada e atendem à portaria 23 criada em junho de 1994. Nela, é proibido que automóveis com capacidade menor do que uma tonelada possam ser equipados com um motor a diesel.

Contudo, há um projeto de lei que está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania que prevê o aumento do PTB de caminhonetes de 3.500 kg para 3.700 kg. Esse projeto foi planejado pelo deputado federal Marco Brasil (PP-Paraná) em meados de 2022. Desse modo, a BYD Shark poderia ter sua capacidade de carga ampliada em breve.

No texto feito por Marco, ele pontua que as montadoras usam diversas tecnologias que permitem que uma caminhonete possa carregar um pouco mais de carga com mais segurança. O PL 2400/22 já foi aprovado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados em setembro de 2023, todavia está parado em análise no CCJ desde o ano passado.

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