Por que proibiram o ‘chip da beleza’?

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Recentemente os chamados chips da beleza foram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguindo recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM), e principais sociedades médicas como endocrinologia e ginecologia. O termo beleza por si só é antiético, já que subjetivo e apela para um tipo de realização que o produto não pode realizar.

Recebo vários pacientes com implantes hormonais contendo vários tipos de anabolizantes, testosterona, em doses altíssimas, e hormônios femininos também. Os efeitos colaterais são inúmeros, como aumento de peso por inchaço ou gordura, arritmias, aumento de colesterol, queda de cabelos, acne, aumento de clítoris, rouquidão (nas mulheres), lesões no fígado, trombose, tipos de câncer, AVC, infarto e, infelizmente, até mortes.

Além disso, para encarecer o procedimento, tenho visto também composições de implantes contendo produtos caros como antioxidantes e vitaminas, que podem ser usados por via oral e medicamentos sem utilidade nenhuma. Outra questão muito grave é que profissionais sem formação endocrinológica e clínica os injetam. Já vi implantes desse tipo de “chip” vindos até de dentistas. Uma grande parte dos implantes são absorvíveis e não podem ser retirados, ou seja, os efeitos colaterais duram muito tempo (em média 6 meses).

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A reposição hormonal, de hormônios sexuais se necessária, deve ser feita por via transcutânea, tópica, com doses o mais baixas possíveis e sempre sob prescrição expressa de profissionais médicos qualificados. Se ocorrerem efeitos colaterais é só retirar ou mudar a composição.

Sempre procure saber a formação do médico que está lhe prescrevendo o hormônio. Veja se o RQE (registro de qualificação de especialista) do CFM tem a ver com a conduta. E discuta com ele os efeitos colaterais e risco benefício. A beleza deve ser externa e interna. Mente sã, corpo são.

Jovem Pan