Demanda firme e câmbio favorecem cotação da soja

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Após flutuações recentes, mercado da soja fecha outubro próximo da estabilidade, influenciado pela alta demanda e condições climáticas na América do Sul.

Em outubro, o mercado da soja permaneceu com os preços praticamente estáveis, conforme revelam os levantamentos realizados por pesquisadores. Essa estabilidade se deu em grande parte pela força da demanda por óleo de soja, que mostrou-se sólida mesmo em um cenário de instabilidade econômica global. Em paralelo, a valorização do real frente ao dólar também contribuiu para dar suporte às cotações do grão, favorecendo exportadores brasileiros e reforçando a competitividade da soja no mercado externo.

Para o produtor, esse equilíbrio de preços é um sinal de que o mercado ainda vê valor na soja, principalmente em função de sua versatilidade. O óleo de soja, que tem importante papel na indústria de biocombustíveis e alimentícia, se destacou como um dos pilares para a sustentação de preços. Além disso, a recente valorização cambial atuou como um fator positivo, auxiliando na elevação da receita em reais, o que beneficia a cadeia produtiva brasileira.

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Condições climáticas na América do Sul e oferta Norte-Americana afetam mercado da soja

No entanto, se por um lado a demanda e o câmbio sustentaram os preços, por outro, as condições climáticas e a oferta nos Estados Unidos trouxeram moderação ao mercado. A chegada das chuvas em regiões chave da América do Sul, incluindo Brasil e Argentina, deu um novo fôlego para as lavouras, aliviando preocupações de seca e, consequentemente, reduzindo as pressões de alta nos preços.

Além disso, os Estados Unidos, que ocupam papel central na oferta mundial de soja, registraram um aumento nas suas exportações durante o período de colheita. Com o avanço da colheita americana, o mercado recebeu um novo volume de grãos, reforçando a oferta e ajudando a conter uma escalada maior nos preços. Assim, a combinação de fatores climáticos e a maior disponibilidade do grão norte-americano contribuíram para limitar as variações de preços, mantendo-os próximos da estabilidade ao longo de outubro.

Apesar do cenário de estabilidade, indicadores do mercado de soja ainda demonstraram leve alta entre setembro e outubro. De acordo com o levantamento do ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá, houve um aumento de 1,4% nas cotações, enquanto o indicador CEPEA/ESALQ – Paraná registrou alta de 2,2% no período. Esses índices revelam que, embora o mercado tenha mostrado certa estabilidade, o setor ainda apresenta resiliência em termos de valorização.

O cenário atual sugere que, enquanto a demanda por óleo de soja e a oscilação cambial sustentam as cotações, o mercado também reage de forma moderada às condições climáticas na América do Sul e à sazonalidade da oferta nos Estados Unidos. Para os próximos meses, a expectativa é de que os preços se mantenham equilibrados, mas com sensibilidade às variações climáticas e de demanda.

Em resumo, a soja fechou outubro com leve alta e uma perspectiva de equilíbrio que deve guiar as próximas movimentações do mercado. A continuidade de uma demanda robusta, somada à influência cambial e à disponibilidade de grãos, continuará ditando o ritmo do setor.

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