Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade do Queijo Minas Artesanal, anunciado na quarta (4), é um reconhecimento da regionalidade dos produtos brasileiros e do esforço do produtor de leite.
O título “Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal” foi concedido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em cerimônia na cidade de Assunção, no Paraguai.
“É um título inédito e mais do que merecido porque reconhece o constante esforço dos nossos produtores de leite brasileiros”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da CNA, Ronei Volpi.
Volpi, que também preside a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, é produtor de leite e ressalta que esse reconhecimento internacional é um passaporte para a introdução de produtos regionais brasileiros no mercado internacional.
“É uma possibilidade de abertura de mercados não tão tradicionais como a Europa, por exemplo, dos mercados asiáticos e até a própria América Latina. Com certeza esse título pioneiro nos ajudará a levar também outros produtos lácteos brasileiros para o mercado internacional como o doce de leite e o leite UHT.”
O assessor técnico da CNA, Guilherme Dias, acrescenta que a elaboração de queijos artesanais é uma forma de agregar valor à produção, especialmente em propriedades de menor porte, além de representar a identidade cultural da região e gera oportunidade de negócios para os produtores rurais.
“O reconhecimento é fruto da organização da produção, mas principalmente da garra dos produtores rurais, que trabalham de domingo a domingo para produzir alimentos saudáveis, de qualidade e agora, com o selo que atesta a importância cultural da produção de queijos”, disse.
O Brasil tem seis bens culturais reconhecidos pela Unesco e o queijo mineiro é o primeiro alimento da lista.
Assessoria de Comunicação CNA